Por todos os valores que uma pessoa cultiva, o reconhecimento é sempre bem vindo. Para quem vive no mundo das artes, isso é fundamental. A arte deve sobressair sobre qualquer outra forma de expressão. Mas desconfio que se expressar é um ato já engolido pela denominação ordinal das Artes.
A vida seria uma denominação (talvez a nona, a décima), pois estamos em constante cenas de dramaturgias reais. Os personagens são muitos, o figurino também. Aqui há luzes demais, há falas demais, há choro demais, há risos demais. E nos apresentamos para uma platéia formada por outros atores. Não há espectadores isolados do palco. O palco é a vida. O fechar das cortinas é a morte.
Mas aqui há a sensação de insignificância. É triste não receber um reconhecimento. É triste não receber um sorriso. É triste saber que, quando isso acontece, é apenas uma forma para não quebrar o protocolo, apenas para manter os bons costumes. E acima de tudo, é triste saber que mesmo com uma platéia enorme, os protagonistas estão sempre de costas entre eles.
Um comentário:
Foda!
Postar um comentário