30.12.09

Top 5 2009

Seria muita prepotência minha fazer um Top 10 2009 num ano que escrevi em apenas 6 de 12 meses. Mas como eu não me contenho, talvez por eu ser meio prepotente, fiz ao menos um Top 5 dos textos que não são os melhores, mas refletem bem o ano pra mim.

Na ordem decrescente de preferência.

#5 No mais perfeito sonho
Sonhei e postei. Eu poderia descrever detalhes e fazer você sentir as gotas de água em na pele, mas o sentido do tato ainda não é um recurso dos computadores.

#4 Meios
O gosto amargo da indiferença nos faz levantar questões de todo tipo. Indiferença? Porque a balança não decide.

#3 Apenas... satisfação
Já reparou que sentir o cheiro de alguém que você não vê a muito tempo causa as mais fortes reações que você possa imaginar? Seria este o pior dos prazeres? 15 minutos bastam? Ou podemos substituir pelo cheiro da chuva?

#2 Além dos 5 sentidos...
Pensamos as vezes que estamos agindo de forma altruísta quando ajudamos alguém. Mas não. Nem sempre, ou, quase nunca. Gostamos de ouvir elogios. Gostamos sim de ser notados.

#1 As cores mudam
Ao menos uma vez por ano eu consigo sair um pouco de si e expressar em um único post tudo aquilo que me causa uma confusão de sentimentos... só consegui enxergar isso com o tempo.

26.12.09

Apenas... satisfação

Ser consumido. É como ser uma droga.
O desejo por mais uma dose, mais um fumo, mais uma seringa, mais uma carreira de pó.
A sensação de bem estar... passageiro
O êxtase dos 15 segundos
À depressão dos 15 dias

Quem nunca foi criança?
Quem nunca correu pela chuva sem medo de resfriar-se?
Os maiores prazeres vem em doses menores, mas constantes
Os melhores prazeres são os que vem sem medo
Veja uma criança...
Sai na chuva sem se preocupar ter seus 15 minutos de fama.

24.12.09

Além dos 5 sentidos...

A quem dedicamos nossos prazeres alheios? Ou melhor, a quem responsabilizamos?

O jogador de futebol sente prazer ao fazer gol por alegrar seus companheiros e ver a torcida inflamada comemorando.

O professor sente prazer em dar aulas ou por sentir-se o senhor do conhecimento ou por ensinar os alunos.

O aluno sente prazer ao tirar nota boa por poder exibir a sociedade que é capaz de aprender.

O médico voluntário sente prazer em sua profissão por ver seus pacientes curados.

A mulher que se embeleza sente prazer por saber que está bonita entre as demais pessoas.

O prazer alheio é o inverso dos prazeres proporcionados pelos cinco sentidos. A pessoa se sente bem em ser importante, em ser ouvida, em ser útil, em ser notada, em demonstrar que é capaz. Mas para isso ela precisa de uma platéia, de testemunhas, de uma pessoa a quem ela possa dizer "de nada".

15.12.09

Eu percebi que dois terços é coisa pra caramba, diferentemente de cinco um quartos, mas não ri de trinta e tres e meio.

8.12.09

... eu sempre acreditei.

É como se a luz não iluminasse mais
Como se a todo momento houvesse o por do sol, sem sol
É como aprender com o melhor professor
E esquecer com os erros dos outros

Não quero mais isso pra mim
Não quero ter essa sensação de impotência
Ou essa ostentação do fracasso

Não quero mais estar preso nessa garagem vazia
Enquanto há luz lá fora
E enquanto há vida em meu espaço

Eu não errei
Eu não pertenci
Eu não perdi
Eu não sonhei...

9.11.09

Meios

Escrevo sempre em meu blog quando há um surto de imensa alegria ou tristeza. Como de praxe, eu demoro muito pra perceber as coisas. E demorei longos seis meses pra perceber que quando estou vivendo na mediocridade escrevo absolutamente nada.

Por que não escrever na mediocridade?
Por que não escrever quando a maré nem está baixa e nem está alta?
Por que não dizer aquilo que não penso ainda?
Por que não entender o que nem é tão complicado assim e nem é tão fácil assim?
Por que não assumir de vez que viver nos extremos me trás mais ou menos satisfação em escrever?
Por que não perceber que por mais que eu tente assumir a minha mediocridade eu saio perdendo nos detalhes?
Por que não assumir logo o cinza?
Por que não cochichar enquanto o outro grita?
Por que não ficar olhando pro teto em pé no meio da sala?
Por que não começar o livro do meio?
Por que não terminar o começo de uma história no meio?
Por que não dividir 80 por 8?
E por que... não?

13.8.09

e as cores mudaram...

25.5.09

As cores mudam

Quando pequeno gostava da cor do céu, agora gosto da cor do vinho.
Quando jovem defendia a cor da coragem, agora temo pela cor do medo.
Quando estudante lutava pela cor azul, agora luto pela cor da conta bancária.
Quando solteiro vivia a cor da noite, agora curto a cor do pecado.
Quando viajava sentia a cor do vento, agora percebo a cor do tempo.
Quando músico ouvia a cor de la, agora dissono a cor de si.
Quando velho admirava a cor do mar, agora não há cor a lembrar.

19.5.09

Impar... Par impar... Par impar...

Deparei-me já a bastante tempo com uma situação nada típica do comportamento humano: momentos pares. As vezes vivemos essas fases porque não consideramos ser o momento para refletir um pouco sobre como não agir em situações distintas em que nunca tomamos as mesmas decisões... geralmente certas.

É o momento par. Um momento que iguala, que casa, que não sobra algo pra ser discutido, que não nos fazem pensar em como usar a pior peça nesse quebra-cabeças, peças grandes e diferentes, mas todas são exatamente diferentes das outras. Então paramos, respiramos e ficamos com o que não falta na mão, observando o pior, ou pior, o encaixe errado da peça que não falta. Já acertamos tantas vezes... porque entender melhor a imagem desse jogo de tabuleiro ao invés de desistir na 'tentativa e erro'?

Esse é o pior momento. Olhamos pra o que não temos nas mãos e comparamos com as situações não vividas anteriormente. Deixamos as coisas fluírem artificialmente por si só. Quase nunca devemos ter o direito de ficarmos loucos atrás de perguntas, indiferença ou razões. Deixe que fujam de nós e com o tempo teremos a absoluta incerteza do que não queremos. Independente se não vai formar um par ou não a decisão será a pior. Soltaremos aquela nova expressão de que fizemos o pior com um amargo "ahhh tahhhh... agora confundiiiuuu!".

15.5.09

Par... Impar par... Impar par...

Deparei-me recentemente com uma situação bem típica do comportamento humano: momentos ímpares. Geralmente vivemos essas fases porque consideramos ser o momento para refletir um pouco sobre como agir em situações iguais em que tomamos sempre as mesmas decisões... geralmente erradas.

É o momento ímpar. Um momento que difere, que não casa, que sobra algo pra ser discutido, que nos fazem pensar em como usar a melhor peça nesse quebra-cabeças, peças miúdas e semelhantes, mas nenhuma é exatamente igual a outra. Então paramos, respiramos e ficamos com o que falta na mão, observando o melhor, ou melhor, o encaixe certo da peça que falta. Já erramos tantas vezes... porque não entender melhor a imagem desse jogo de tabuleiro ao invés de insistir na 'tentativa e erro'?

Esse é o melhor momento. Olhamos pra o que temos nas mãos e comparamos com as situações vividas anteriormente. Deixamos as coisas fluírem naturalmente por si só. Nem sempre devemos ter a obrigação de ficarmos loucos atrás de respostas, sentimentos ou emoções. Deixe que venham até nós e com o tempo teremos a absoluta certeza do que queremos. Independente se vai formar um par ou não a decisão será a melhor. Soltaremos aquela velha expressão de que fizemos o melhor com um doce "ahhh tahhhh... agora entendiiii!".

10.5.09

Efeitos

Para quem acha que vivo falando em parábolas, então lá vai mais uma.

Há algumas leis e teorias da física que eu não entendo muito bem. Uma delas é "Toda ação há uma reação em sentido contrário" e, a que eu mais gosto, a teoria da "Causa e efeito". Guardem essas duas.

Se você fosse um número, ou melhor, se você fosse uma peça, melhor ainda, se você fosse uma peça de dominó, qual seria? Qual a mais importante? Qual a mais valiosa? Na verdade nada disso importa se o que você tem pela frente é um outro dominó e atrás mais um outro. Todos em posições, pesos e medidas iguais. Se um dominó derrubar o outro, logo este derrubará o próximo, que derrubará o próximo do próximo até que o último cairá mas não derrubará ninguém.

Um dominó nessas circunstâncias não reage. Mas houve a causa e o efeito. Onde estaria a reação? Pior, onde estaria a reação em sentido contrário. Há uma lei que rege esse "efeito dominó". Independente do seu valor, da sua importância para o jogo, da sua cor... um dominó não é culpado em provocar a queda da primeira peça. Apenas obedece a maior das leis, a lei da gravidade.

6.5.09

A arte de Viver

Passamos a vida inteira ouvindo histórias, contos e poemas. Não tenho mais dúvidas. Há uma divindade soberana que mantém viva a alma literária da arte em nossas vidas, que faz a gente sonhar ou temer em encarar certas situações que nascem das cabeças dos grandes escritores. Mas quando a arte se mistura com a realidade a gente fica sem saber ao certo se o que vivemos não passa de uma ficção de nossas mentes ou se devemos abraçar com fervor essa oportunidade de sentir na pele momentos de poesias.

Não é tão raro encontrarmos casos de pessoas que viveram a glória, como o que aconteceu com Susan Boyle, uma verdadeira história com elementos mágicos de contos de fadas. Outro grande exemplo é o jogador de futebol Ronaldo, atualmente do Corinthians, um personagem da vida real que me impressiona demais pela sua história de vida. Esse privilégio acontece com qualquer pessoa, não somente pessoas famosas. Nós, reles mortais, podemos viver situações que são narradas em ótimos livros, seriados e filmes. Seja aquele momento especial numa comédia romântica, uma situação difícil como num drama ou uma volta por cima como num seriado.

Escrevi esse post porque pretendo ainda falar muito sobre esse curioso comportamento humano: o desejo e o medo em viver a arte. Imitamos a arte? Ela nos imita? Seja como for, este que voz escreve vem vivendo inúmeras situações dignas de um bom seriado como How I Met Your Mother ou um bom filme como Hope Springs.

25.3.09

No mais perfeito sonho

Foi como se estivesse morto. Na verdade, bem vivo depois de morto, pois o lugar que eu fui com certeza não existe nesse mundo. À beira de um lago havia uma clareira funda e ao fundo desta clareira havia outro lago, calmo e cristalino. Em todo contorno da clareira haviam plantas e árvores baixas. As águas do primeiro lago formavam uma cachoeira fina que caia no lago abaixo... era alto, era imponente, era assustador olhar lá de cima. O céu era um azul bem claro, mas chovia, chovia pouco e fazia sol ao mesmo tempo. Havia esse contraste da cor cristalina do sol do entardecer ou amanhecer (não importa) invadindo toda a clareira abaixo em forma de feixes de luzes.

Senti medo da enorme altura vista lá de cima, mas resolvi pular. Era tão alto que dava pra perceber durante a queda as inúmeras gotas de chuvas caindo na mesma velocidade que eu. Era como se estivessem paradas ao meu redor, flutuando, mudando de forma a todo o momento. Abri os braços e toquei em várias gotas de chuva. Ao final da queda, já bem perto do lago, algo muito forte me puxou pra cima, como se existisse uma corda amarrada na minha cintura. Agora era arremessado violentamente de volta aos céus, indo de encontro à chuva deixando um rastro em forma distorcida por onde meu corpo passava.

Então percebi que vários dos meus grandes amigos se uniram à brincadeira, voando e rodopiando na chuva. Inicialmente senti um certo ciúme por eu ser sempre o único em meus sonhos que sabia voar, mas logo esqueci isso e voltei a cortar a chuva com meus braços, tocar o lago e deixar que essa força estranha me arremessasse novamente aos céus... tudo isso em grande alegria, euforia e certo medo pela altura.

O sonho reuniu diversos elementos que eu admiro. O sol cristalino das manhãs (ou da tarde), a chuva, a sensação e o poder de voar, meus grandes amigos, o medo da altura, o ambiente... tudo era perfeito! Quando eu morrer, se Deus perguntar onde eu desejo viver minha eternidade, prontamente indicarei:

- Ali.

14.3.09

Se a vida é feita de escolhas, então as minhas vieram de uma caixinha de surpresas.

8.3.09

Feliz 365x dia (Inter)Nacional da Mulher



apaixonantes
batalhadoras
determinadas
envolventes
imprevisíveis
sedutoras
sentimentais
singelas

e acima de tudo... lindas!

Para você, mulher, desejo um Feliz 365x 8 de Março!

5.3.09

Atração

- Oi, Marcos.
- Oi, Sandra!
- Tem visto o Paulo?
- O vi hoje de manhã...
- Sabe se ele foi pra aula de laboratório?
- Ih, não! Ele me falou que ia matar essa aula hoje pra sair com a Luzia.
- Com a Luzia? Mas ela não estava...
- Tava. Mas pediu um tempo ao Lucas e nesse meio tempo passou a sair com o Paulo.
- Nossa... e o Lucas sabe disso?
- Sabe.
- Então ele tá livre?
- Não sei. Eu o vi ontem cheio de sorrisos pra cima da Luana.
- Foi que nem com o Gustavo. Pediu tempo pra Natália pra poder ficar com a Amanda.
- Quem tá acorrentado agora é o Pablo.
- Sério? Desde quando!?
- Faz um tempinho... sabia não?
- Não mesmo.
- Pois é!
- Só falta dizer que o Armando também tá com alguém!
- Sandra... Se eu te falar que ele ficou com a Sabrina naquela festa de fim de ano...
- Jura!? Ele me chamou pra ir nessa festa mas não pude ir... viajei com meus pais.
- Mas já rolava um clima entre eles dois faz tempo.
- Nunca percebi isso.
- Ele disfarçava bem.
- Aquele seu amigo foi? Como é mesmo o nome dele...?
- O Lázaro?
- Isso.
- Foi não. Viajou com a Fernanda.
- Cara!! Que droga! Porque toda pessoa que eu me aproximo acaba ficando com alguém?
- É mesmo... bom... preciso ir.
- Já vai? Pensei que talvez poderíamos dar uma volta.
- Preciso ir. Tenho um encontro agora com a Débora.

3.3.09

Águas de Março

Como de costume costumo passar um longo período ausente por aqui na Insaminus no início do ano. Houve uma época que até tirei o blog do ar. Não sei se é por uma boa causa, mas acho que há uma descarga muito forte de alegrias, tristezas e expectativas em cada final de ano. Isso me faz brecar de forma estúpida a velocidade com que escrevo em meu blog no inicio do ano seguinte.

Mas reparei, não só comigo, como todos que escrevem em blogs, que os textos escritos na segunda metade do ano são textos melhores, mais profundos, mais questionadores e bem mais subliminares. Principalmente em blogs pessoais. O ano vai passando e naturalmente vamos refletindo mais e mais conforme o fim vem chegando. Há uma verdadeira explosão de textos iluminados em seus últimos meses para que, enfim, o hiato se inicie adiante.

As águas de Março vem chegando e com ela toda sua pureza das primeiras impressões que temos de um ano que desejamos viver. Banharmos agora com o que sentimos talvez nos ajude a escrever textos mais animadores depois.

16.1.09

Tom da conversa

Férias? Que nada... falta-me tempo e dinheiro pra tentar voltar a minha vida anormal já nesse início de ano.

E em falar em anormal, o tom da conversa aqui na Insaminus mudará um pouco em 2009. Já usei o tom revoltado em 2005, textos amargurados em 2006, esperançosos em 2007 e realistas em 2008. Agora nada mais conveniente usar a ironia e o sarcasmo em muito do que ainda tem que ser dito.

Tenho esboçado alguns textos e idéias repletas de humor e questionamento (pra variar). Não pretendo fazer ninguém rir ou bancar o humorista... mas, convenhamos, se ser superficial está na moda, então criemos estórias sem moral nenhuma.

1.1.09

2ºº9

Não deixe pra fazer ano que vem o que você pode fazer ainda este ano!

Feliz 2009 pra todos!