25.3.09

No mais perfeito sonho

Foi como se estivesse morto. Na verdade, bem vivo depois de morto, pois o lugar que eu fui com certeza não existe nesse mundo. À beira de um lago havia uma clareira funda e ao fundo desta clareira havia outro lago, calmo e cristalino. Em todo contorno da clareira haviam plantas e árvores baixas. As águas do primeiro lago formavam uma cachoeira fina que caia no lago abaixo... era alto, era imponente, era assustador olhar lá de cima. O céu era um azul bem claro, mas chovia, chovia pouco e fazia sol ao mesmo tempo. Havia esse contraste da cor cristalina do sol do entardecer ou amanhecer (não importa) invadindo toda a clareira abaixo em forma de feixes de luzes.

Senti medo da enorme altura vista lá de cima, mas resolvi pular. Era tão alto que dava pra perceber durante a queda as inúmeras gotas de chuvas caindo na mesma velocidade que eu. Era como se estivessem paradas ao meu redor, flutuando, mudando de forma a todo o momento. Abri os braços e toquei em várias gotas de chuva. Ao final da queda, já bem perto do lago, algo muito forte me puxou pra cima, como se existisse uma corda amarrada na minha cintura. Agora era arremessado violentamente de volta aos céus, indo de encontro à chuva deixando um rastro em forma distorcida por onde meu corpo passava.

Então percebi que vários dos meus grandes amigos se uniram à brincadeira, voando e rodopiando na chuva. Inicialmente senti um certo ciúme por eu ser sempre o único em meus sonhos que sabia voar, mas logo esqueci isso e voltei a cortar a chuva com meus braços, tocar o lago e deixar que essa força estranha me arremessasse novamente aos céus... tudo isso em grande alegria, euforia e certo medo pela altura.

O sonho reuniu diversos elementos que eu admiro. O sol cristalino das manhãs (ou da tarde), a chuva, a sensação e o poder de voar, meus grandes amigos, o medo da altura, o ambiente... tudo era perfeito! Quando eu morrer, se Deus perguntar onde eu desejo viver minha eternidade, prontamente indicarei:

- Ali.

14.3.09

Se a vida é feita de escolhas, então as minhas vieram de uma caixinha de surpresas.

8.3.09

Feliz 365x dia (Inter)Nacional da Mulher



apaixonantes
batalhadoras
determinadas
envolventes
imprevisíveis
sedutoras
sentimentais
singelas

e acima de tudo... lindas!

Para você, mulher, desejo um Feliz 365x 8 de Março!

5.3.09

Atração

- Oi, Marcos.
- Oi, Sandra!
- Tem visto o Paulo?
- O vi hoje de manhã...
- Sabe se ele foi pra aula de laboratório?
- Ih, não! Ele me falou que ia matar essa aula hoje pra sair com a Luzia.
- Com a Luzia? Mas ela não estava...
- Tava. Mas pediu um tempo ao Lucas e nesse meio tempo passou a sair com o Paulo.
- Nossa... e o Lucas sabe disso?
- Sabe.
- Então ele tá livre?
- Não sei. Eu o vi ontem cheio de sorrisos pra cima da Luana.
- Foi que nem com o Gustavo. Pediu tempo pra Natália pra poder ficar com a Amanda.
- Quem tá acorrentado agora é o Pablo.
- Sério? Desde quando!?
- Faz um tempinho... sabia não?
- Não mesmo.
- Pois é!
- Só falta dizer que o Armando também tá com alguém!
- Sandra... Se eu te falar que ele ficou com a Sabrina naquela festa de fim de ano...
- Jura!? Ele me chamou pra ir nessa festa mas não pude ir... viajei com meus pais.
- Mas já rolava um clima entre eles dois faz tempo.
- Nunca percebi isso.
- Ele disfarçava bem.
- Aquele seu amigo foi? Como é mesmo o nome dele...?
- O Lázaro?
- Isso.
- Foi não. Viajou com a Fernanda.
- Cara!! Que droga! Porque toda pessoa que eu me aproximo acaba ficando com alguém?
- É mesmo... bom... preciso ir.
- Já vai? Pensei que talvez poderíamos dar uma volta.
- Preciso ir. Tenho um encontro agora com a Débora.

3.3.09

Águas de Março

Como de costume costumo passar um longo período ausente por aqui na Insaminus no início do ano. Houve uma época que até tirei o blog do ar. Não sei se é por uma boa causa, mas acho que há uma descarga muito forte de alegrias, tristezas e expectativas em cada final de ano. Isso me faz brecar de forma estúpida a velocidade com que escrevo em meu blog no inicio do ano seguinte.

Mas reparei, não só comigo, como todos que escrevem em blogs, que os textos escritos na segunda metade do ano são textos melhores, mais profundos, mais questionadores e bem mais subliminares. Principalmente em blogs pessoais. O ano vai passando e naturalmente vamos refletindo mais e mais conforme o fim vem chegando. Há uma verdadeira explosão de textos iluminados em seus últimos meses para que, enfim, o hiato se inicie adiante.

As águas de Março vem chegando e com ela toda sua pureza das primeiras impressões que temos de um ano que desejamos viver. Banharmos agora com o que sentimos talvez nos ajude a escrever textos mais animadores depois.