24.5.08

Cego

Havia um cego sentado na calçada em Paris, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia:

"Por favor, ajude-me, sou cego"

Um publicitário, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz e o giz e escreveu outro anúncio e foi embora.

Mais tarde o publicitário voltou a passar em frente ao cego. Agora, o seu boné estava cheio de moedas. O cego reconheceu as pisadas e lhe perguntou se havia sido ele quem reescreveu seu cartaz, querendo saber o que havia escrito ali.

O publicitário disse:

- Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras"

Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas seu novo cartaz dizia:

"Hoje é Primavera em Paris e eu não posso vê-la"



(texto de autoria desconhecida)

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Se alguém souber o nome do autor, favor escreva-me.

15.5.08

A pessoa que faz a diferença

O tempo passa e vejo a vida mostrar as diferentes faces de uma mesma mandala.

Ser diferente é ser notado, não tem jeito! É fugir do senso comum, da "normalidade" de vida. É não aceitar tudo que essa bola de neve chamada SISTEMA tem a nos oferecer. É saber filtrar aquilo que mais nos interessa e criar de forma artesanal os objetos que suprem nossos anseios.

O problema de ser diferente não é o fato de saber que os outros acham ou deixam de achar. O que falam ou deixam de falar. Se somos ou não o centro das atenções. Até porque aquele que canaliza a procura da felicidade através da aprovação da opinião das pessoas está fadado ao fracasso em viver na eterna frustração de nunca se auto-realizar.

O problema de ser diferente - talvez melhor dizendo - o triste de ser diferente é ter que aprender a conviver com a solidão. Não poder trocar experiência, não ter alguém pra conversar. É olhar para o lado e saber que há duas situações. A primeira é ser obrigado a vestir o uniforme do "senso comum" para obter um mínimo de sociabilidade no ambiente em que vive. A segunda é saber que há sim pessoas que se aproximam, mas com intenções não verdadeiras. Aproximam por algum interesse oculto, e não por querer compartilhar os mesmos valores que o 'diferenciado' possui. Afinal, o 'diferenciado' sempre possui algo a oferecer, há um mistério que desperta curiosidade nas pessoas, ou as vezes suas faculdades racionais são menosprezadas, ou seja, aparenta ser presa fácil para aproveitadores... só aparenta.

Esse texto pode até ser uma caricatura das coisas. É como uma pintura impressionista. Dou destaque aos detalhes. Lógico que as coisas não são exatamente assim, mas penso que esta é a ilustração mais próxima da (in)diferença que há entre o mundo exterior (sistema) e o mundo interior (valores pessoais).

13.5.08

Trouble

Trouble, oh Trouble, set me free!
I have seen your face
And it's too much, too much for me.
Trouble, oh Trouble, can't you see?
You've eaten my heart away
And there's nothing much left of me.

Trouble, por Cat Stevens