"Águas passadas não movem moinhos". Quem disse que não!?
Eu fico absolutamente aborrecido com algumas verdades absolutas que existem nos ditos populares e as pessoas acreditam piamente. E todo e qualquer dito popular que menciona o abandono do passado me irrita profundamente. Desde "Adeus ano velho! Feliz ano novo!", "Não chorar pelo leite derramado", "Quem vive de passado é museu" e principalmente a primeira frase desse post.
Lembre-se que é com os erros que a gente aprende. É com a experiência, a perspicácia e o histórico de vida que o homem, a cada dia, evolui cada vez mais. Cara.. é tão óbvio isso, é tão claro, é tão demodè que fica ridículo ficar aqui tentando, em vão, dar lição de moral sobre ditados populares.
Quem acredita que "Águas passadas não movem moinhos" esquece que as forças que existem na natureza trabalham em ciclicidade, como os moinhos. A mesma molécula de água se evapora e volta ao rio tempos depois. Assim é a vida. Não esqueça do passado, prepare-se pro futuro vivendo o presente. Quando tomar uma decisão para algo que já aconteceu com você, provavelmente escolherá outro rio para navegar.
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30.1.10
6.5.09
A arte de Viver
Passamos a vida inteira ouvindo histórias, contos e poemas. Não tenho mais dúvidas. Há uma divindade soberana que mantém viva a alma literária da arte em nossas vidas, que faz a gente sonhar ou temer em encarar certas situações que nascem das cabeças dos grandes escritores. Mas quando a arte se mistura com a realidade a gente fica sem saber ao certo se o que vivemos não passa de uma ficção de nossas mentes ou se devemos abraçar com fervor essa oportunidade de sentir na pele momentos de poesias.
Não é tão raro encontrarmos casos de pessoas que viveram a glória, como o que aconteceu com Susan Boyle, uma verdadeira história com elementos mágicos de contos de fadas. Outro grande exemplo é o jogador de futebol Ronaldo, atualmente do Corinthians, um personagem da vida real que me impressiona demais pela sua história de vida. Esse privilégio acontece com qualquer pessoa, não somente pessoas famosas. Nós, reles mortais, podemos viver situações que são narradas em ótimos livros, seriados e filmes. Seja aquele momento especial numa comédia romântica, uma situação difícil como num drama ou uma volta por cima como num seriado.
Escrevi esse post porque pretendo ainda falar muito sobre esse curioso comportamento humano: o desejo e o medo em viver a arte. Imitamos a arte? Ela nos imita? Seja como for, este que voz escreve vem vivendo inúmeras situações dignas de um bom seriado como How I Met Your Mother ou um bom filme como Hope Springs.
Não é tão raro encontrarmos casos de pessoas que viveram a glória, como o que aconteceu com Susan Boyle, uma verdadeira história com elementos mágicos de contos de fadas. Outro grande exemplo é o jogador de futebol Ronaldo, atualmente do Corinthians, um personagem da vida real que me impressiona demais pela sua história de vida. Esse privilégio acontece com qualquer pessoa, não somente pessoas famosas. Nós, reles mortais, podemos viver situações que são narradas em ótimos livros, seriados e filmes. Seja aquele momento especial numa comédia romântica, uma situação difícil como num drama ou uma volta por cima como num seriado.
Escrevi esse post porque pretendo ainda falar muito sobre esse curioso comportamento humano: o desejo e o medo em viver a arte. Imitamos a arte? Ela nos imita? Seja como for, este que voz escreve vem vivendo inúmeras situações dignas de um bom seriado como How I Met Your Mother ou um bom filme como Hope Springs.
21.11.08
Acaso com o descaso
Ando um pouco impaciente... meio sem saco também!
Tinha (e ainda tenho) alguns posts legais pré-prontos, mas minha total falta de paciência pr'as coisas me impedem d'eu publica-los. Acho que preciso de um astral melhor para poder termina-los bem. Tem até um legal sobre a 'consciência negra', mas arquivei!
É... impaciente com o tempo e com várias coisas rotineiras que vem me irritando. Tem a ver com amigos, trabalho, estudos, Projeto Final e Natal chegando.
Ando sem saco pras coisas que nunca terminam. E ver aquilo que quero que comece logo se afastar ainda mais. As vezes acho que estou sendo vigiado. Porquê as pessoas gritam e choram pra chamar a atenção? É como numa conversa em que duas pessoas falam ao mesmo tempo sem prestar atenção no que o outro está dizendo. Querem ser ouvidas e não ouvem!
To irritado por ver certas coisas. Ver que tá errado e eu não poder fazer nada! Gostaria de não saber... não posso também saber de tudo!
Ver tanta coisa fútil, inacabada, arrogância, despreparo, descaso, bagunça e muita incompreensão me desperta o maior dos incômodos em um ser humano: a desmotivação.
Tinha (e ainda tenho) alguns posts legais pré-prontos, mas minha total falta de paciência pr'as coisas me impedem d'eu publica-los. Acho que preciso de um astral melhor para poder termina-los bem. Tem até um legal sobre a 'consciência negra', mas arquivei!
É... impaciente com o tempo e com várias coisas rotineiras que vem me irritando. Tem a ver com amigos, trabalho, estudos, Projeto Final e Natal chegando.
Ando sem saco pras coisas que nunca terminam. E ver aquilo que quero que comece logo se afastar ainda mais. As vezes acho que estou sendo vigiado. Porquê as pessoas gritam e choram pra chamar a atenção? É como numa conversa em que duas pessoas falam ao mesmo tempo sem prestar atenção no que o outro está dizendo. Querem ser ouvidas e não ouvem!
To irritado por ver certas coisas. Ver que tá errado e eu não poder fazer nada! Gostaria de não saber... não posso também saber de tudo!
Ver tanta coisa fútil, inacabada, arrogância, despreparo, descaso, bagunça e muita incompreensão me desperta o maior dos incômodos em um ser humano: a desmotivação.
7.11.08
Mundo dos Sonhos
Muito já se falou sobre mundos espirituais, mundos paralelos, mundos imaginários e mundos de outras partes do universo. Algumas pessoas dizem já terem vivido experiências habitando-os e até se comunicando com seres presentes à essa outra dimensão. Nenhum desses mundos foi provado cientificamente. O que realmente se sabe é que nada se sabe.
Porém há um mundo que a gente pode afirmar sim com certeza a sua existência. Que todos já percorreram, uns com mais outros com menos freqüência. O mundo dos sonhos. Algo completamente surreal, disforme, nebuloso e indecifrável... mas real.
O sonho é a imagem que recebemos desse mundo. É o canal de comunicação. Quando adormecemos sonhamos e recebemos essas informações (sons, imagens, toques e até cheiro!). Encontramos pessoas conhecidas. Encontramos pessoas que nunca vimos na vida, mas que são familiares. Lugares nunca vistos antes. Presença da gravidade. Ausência da mesma quando voamos nos sonhos. Nos apaixonamos. Nos enfurecemos. Sentimos medo. Sentimos vergonha. Somos poderosos. Somos impotentes. Mandamos no sonho. O sonho nos manda.
Todos os sentimentos estão presentes. Assim como o cotidiano da vida real. Também mentimos. Traímos. Transamos. Roubamos. Abraçamos. Conversamos. Comemos. Bebemos. Estudamos. Trabalhamos. Corremos. Voamos. E até mesmo matamos. Não há noção de tempo no sonho... só o espaço. O tempo se repete. Sonhos se repetem. Até mesmo você comete o mesmo erro diversas vezes em sonhos diferentes.
A boa notícia é que você não será cobrado no mundo dos acordados as besteiras que você cometeu no mundo dos sonhos. Assim como você não será homenageado das coisas boas que fez por lá. Ou seja, não há vinculo entre os dois mundos. Não há troca de informações. Não... não adianta. Não tente trazer aquela pessoa que ama você nos sonhos para o mundo real. Também não adianta você levar seus problemas daqui para o mundo dos sonhos e deixa-los lá. Somos tão egoístas que desejamos não acordar em sonhos bons, sem nem ao menos entender o que se passa do lado de cá.
Esquece. A única bagagem de informação entre os dois mundos é o seu cérebro. Você tocará, sentirá, cheirará... mas não terá poder nenhum em trazer ou levar algo entre os dois mundos... só sua experiencia, suas histórias. MAS nós, do mundo dos acordados, temos uma vantagem. Temos a capacidade de saber a existência deste mundo em que a recíproca não é verdadeira.
Deitamos, adormecemos e a maioria das vezes sonhamos. Quando estamos por lá não sabemos do mundo dos acordados. Perceba que no momento que você se dá conta que há um mundo aqui fora (dependendo do ponto de vista) você é expulso deste lugar sombrio quase que imediatamente.. e acorda.
O mundo dos sonhos não sabe, ou não quer saber, o que existe aqui fora. Há uma razão para isso. Embora haver semelhança entre os dois mundos, há uma razão para que tenhamos tanta informação de "coisas que por algum motivo nos fazem sentido". O sonho não é somente um telão de cinema com imagens e sons para nos distrair enquanto dormimos. É mais que isso... e creio eu que a verdade está justamente naquilo que não conseguimos trazer de lá, nos sonhos que não conseguimos lembrar.
Porém há um mundo que a gente pode afirmar sim com certeza a sua existência. Que todos já percorreram, uns com mais outros com menos freqüência. O mundo dos sonhos. Algo completamente surreal, disforme, nebuloso e indecifrável... mas real.
O sonho é a imagem que recebemos desse mundo. É o canal de comunicação. Quando adormecemos sonhamos e recebemos essas informações (sons, imagens, toques e até cheiro!). Encontramos pessoas conhecidas. Encontramos pessoas que nunca vimos na vida, mas que são familiares. Lugares nunca vistos antes. Presença da gravidade. Ausência da mesma quando voamos nos sonhos. Nos apaixonamos. Nos enfurecemos. Sentimos medo. Sentimos vergonha. Somos poderosos. Somos impotentes. Mandamos no sonho. O sonho nos manda.
Todos os sentimentos estão presentes. Assim como o cotidiano da vida real. Também mentimos. Traímos. Transamos. Roubamos. Abraçamos. Conversamos. Comemos. Bebemos. Estudamos. Trabalhamos. Corremos. Voamos. E até mesmo matamos. Não há noção de tempo no sonho... só o espaço. O tempo se repete. Sonhos se repetem. Até mesmo você comete o mesmo erro diversas vezes em sonhos diferentes.
A boa notícia é que você não será cobrado no mundo dos acordados as besteiras que você cometeu no mundo dos sonhos. Assim como você não será homenageado das coisas boas que fez por lá. Ou seja, não há vinculo entre os dois mundos. Não há troca de informações. Não... não adianta. Não tente trazer aquela pessoa que ama você nos sonhos para o mundo real. Também não adianta você levar seus problemas daqui para o mundo dos sonhos e deixa-los lá. Somos tão egoístas que desejamos não acordar em sonhos bons, sem nem ao menos entender o que se passa do lado de cá.
Esquece. A única bagagem de informação entre os dois mundos é o seu cérebro. Você tocará, sentirá, cheirará... mas não terá poder nenhum em trazer ou levar algo entre os dois mundos... só sua experiencia, suas histórias. MAS nós, do mundo dos acordados, temos uma vantagem. Temos a capacidade de saber a existência deste mundo em que a recíproca não é verdadeira.
Deitamos, adormecemos e a maioria das vezes sonhamos. Quando estamos por lá não sabemos do mundo dos acordados. Perceba que no momento que você se dá conta que há um mundo aqui fora (dependendo do ponto de vista) você é expulso deste lugar sombrio quase que imediatamente.. e acorda.
O mundo dos sonhos não sabe, ou não quer saber, o que existe aqui fora. Há uma razão para isso. Embora haver semelhança entre os dois mundos, há uma razão para que tenhamos tanta informação de "coisas que por algum motivo nos fazem sentido". O sonho não é somente um telão de cinema com imagens e sons para nos distrair enquanto dormimos. É mais que isso... e creio eu que a verdade está justamente naquilo que não conseguimos trazer de lá, nos sonhos que não conseguimos lembrar.
15.5.08
A pessoa que faz a diferença
O tempo passa e vejo a vida mostrar as diferentes faces de uma mesma mandala.
Ser diferente é ser notado, não tem jeito! É fugir do senso comum, da "normalidade" de vida. É não aceitar tudo que essa bola de neve chamada SISTEMA tem a nos oferecer. É saber filtrar aquilo que mais nos interessa e criar de forma artesanal os objetos que suprem nossos anseios.
O problema de ser diferente não é o fato de saber que os outros acham ou deixam de achar. O que falam ou deixam de falar. Se somos ou não o centro das atenções. Até porque aquele que canaliza a procura da felicidade através da aprovação da opinião das pessoas está fadado ao fracasso em viver na eterna frustração de nunca se auto-realizar.
O problema de ser diferente - talvez melhor dizendo - o triste de ser diferente é ter que aprender a conviver com a solidão. Não poder trocar experiência, não ter alguém pra conversar. É olhar para o lado e saber que há duas situações. A primeira é ser obrigado a vestir o uniforme do "senso comum" para obter um mínimo de sociabilidade no ambiente em que vive. A segunda é saber que há sim pessoas que se aproximam, mas com intenções não verdadeiras. Aproximam por algum interesse oculto, e não por querer compartilhar os mesmos valores que o 'diferenciado' possui. Afinal, o 'diferenciado' sempre possui algo a oferecer, há um mistério que desperta curiosidade nas pessoas, ou as vezes suas faculdades racionais são menosprezadas, ou seja, aparenta ser presa fácil para aproveitadores... só aparenta.
Esse texto pode até ser uma caricatura das coisas. É como uma pintura impressionista. Dou destaque aos detalhes. Lógico que as coisas não são exatamente assim, mas penso que esta é a ilustração mais próxima da (in)diferença que há entre o mundo exterior (sistema) e o mundo interior (valores pessoais).
Ser diferente é ser notado, não tem jeito! É fugir do senso comum, da "normalidade" de vida. É não aceitar tudo que essa bola de neve chamada SISTEMA tem a nos oferecer. É saber filtrar aquilo que mais nos interessa e criar de forma artesanal os objetos que suprem nossos anseios.
O problema de ser diferente não é o fato de saber que os outros acham ou deixam de achar. O que falam ou deixam de falar. Se somos ou não o centro das atenções. Até porque aquele que canaliza a procura da felicidade através da aprovação da opinião das pessoas está fadado ao fracasso em viver na eterna frustração de nunca se auto-realizar.
O problema de ser diferente - talvez melhor dizendo - o triste de ser diferente é ter que aprender a conviver com a solidão. Não poder trocar experiência, não ter alguém pra conversar. É olhar para o lado e saber que há duas situações. A primeira é ser obrigado a vestir o uniforme do "senso comum" para obter um mínimo de sociabilidade no ambiente em que vive. A segunda é saber que há sim pessoas que se aproximam, mas com intenções não verdadeiras. Aproximam por algum interesse oculto, e não por querer compartilhar os mesmos valores que o 'diferenciado' possui. Afinal, o 'diferenciado' sempre possui algo a oferecer, há um mistério que desperta curiosidade nas pessoas, ou as vezes suas faculdades racionais são menosprezadas, ou seja, aparenta ser presa fácil para aproveitadores... só aparenta.
Esse texto pode até ser uma caricatura das coisas. É como uma pintura impressionista. Dou destaque aos detalhes. Lógico que as coisas não são exatamente assim, mas penso que esta é a ilustração mais próxima da (in)diferença que há entre o mundo exterior (sistema) e o mundo interior (valores pessoais).
16.4.08



Não há explicação!
Não há razão, sentido, nexo e muito menos discernimento nos atos!
Os holofotes estão apontados para aquela janela com um buraco na grade!
Um verdadeiro seriado policial com capítulos mal explicados exibidos durante toda a programação normal.
Não há normalidade!
Há o mal!
Até quando? Dominante... que vence no final?
9.1.08
De si para si só
Demorei um pouco pra iniciar as postagem de dois mil e oito. Talvez porque eu tenha parado um pouco pra descansar mentalmente. Tirei uma semana pra ficar no puro ócio. Mas ontem e hoje resolvi ler alguns blogs, contos e alguns textos antigos meus.
Lendo os blogs, reparei o quanto os diversos escritores são receptivos, objetivos, viajantes e sinceros. Textos pequenos, outros enormes, sempre com um tom informativo e aberto a questionamentos. Foi aí que parei pra pensar um pouco sobre meu blog. E reparei que muitas das minhas postagem possuem um tom mais severo, intimista, fechado e irônico as vezes. E pela primeira vez fiz o papel de leitor da Insaminus.
Dentre tantos textos, contos, poesias me senti agredido, mas de uma forma diferente. Pois notei que das coisas que eu digo aqui, a maioria das "acusações nas entrelinhas", mensagens, conselhos e recados é direcionada para... eu. Constantemente entro em conflito comigo mesmo, lidando com minhas inúmeras hipocrisias, incompreensão, intolerância e até um certo tipo de ignorância por não ouvir (ou ler) melhor o que os outros tem a dizer.
Acho que a Insaminus é isso. O curioso comportamento humano que espelha em mim, pode se refletir em muitas outras almas angustiadas. Sinta-se em casa. Eu já estendi a rede.
Lendo os blogs, reparei o quanto os diversos escritores são receptivos, objetivos, viajantes e sinceros. Textos pequenos, outros enormes, sempre com um tom informativo e aberto a questionamentos. Foi aí que parei pra pensar um pouco sobre meu blog. E reparei que muitas das minhas postagem possuem um tom mais severo, intimista, fechado e irônico as vezes. E pela primeira vez fiz o papel de leitor da Insaminus.
Dentre tantos textos, contos, poesias me senti agredido, mas de uma forma diferente. Pois notei que das coisas que eu digo aqui, a maioria das "acusações nas entrelinhas", mensagens, conselhos e recados é direcionada para... eu. Constantemente entro em conflito comigo mesmo, lidando com minhas inúmeras hipocrisias, incompreensão, intolerância e até um certo tipo de ignorância por não ouvir (ou ler) melhor o que os outros tem a dizer.
Acho que a Insaminus é isso. O curioso comportamento humano que espelha em mim, pode se refletir em muitas outras almas angustiadas. Sinta-se em casa. Eu já estendi a rede.
18.12.07
Ambiente Interno
Há mortos e feridos. Mas há paz reinando depois de um longo período de guerra. Não sobrou muito, mas as ruínas servirão como paisagens para belas pinturas. Não há vencedores, mas as lições aprendidas nos tornarão soberanos numa terra de cinzas. Não há histórias pra contar... não há tempo... não há do que se queixar.
Entre os escombros e fuselagens caminho em direção contrário ao vento, não por acaso. O lugar é irreconhecível. Não há nada, não há quase ninguém. Impossível acreditar que nessa terra ainda há de germinar sementes de esperança. Até ouvir risos de crianças, que brincam à luz do sol depois de um longo tempo de recluso.
Aos mortos, pesar...
Aos feridos, cicatrizes...
Às crianças, sementes...
Entre os escombros e fuselagens caminho em direção contrário ao vento, não por acaso. O lugar é irreconhecível. Não há nada, não há quase ninguém. Impossível acreditar que nessa terra ainda há de germinar sementes de esperança. Até ouvir risos de crianças, que brincam à luz do sol depois de um longo tempo de recluso.
Aos mortos, pesar...
Aos feridos, cicatrizes...
Às crianças, sementes...
25.11.07
Monge
Esses dias terei que me retirar, ir pra bem longe, sentar, meditar e me ausentar da Insaminus (do Diário de Ester e do Segredo Social) por tempo indeterminado. Ou, melhor, pelo menos até terminar os trabalhos de faculdade, provas, projeto final, tarefas do descolando (www.descolando.com.br) entre outros!
Mas eu volto!
Não careca, mas de espírito renovado!
=)
Mas eu volto!
Não careca, mas de espírito renovado!
=)
5.11.07
Mãe de todos os vícios – Parte 2
- Porque "mãe"? Não seria "pai"?
- Não! Ser mãe significa ter vários significados! Mãe que cuida. Que gesta. Que gera. Que procria. Que educa. Que transforma. Que acompanha. Que se preocupa. Que chora. Que se orgulha. É a referência maior.
- Aahmm!
Sim... o desejo é a mãe de todos os vícios sentimentais. Ele que gera, que dá cria, que leva a vida a todos os outros vícios. E, como todo vício, há sempre o desejo de querer mais. E somos quase que obrigados a injetar na veia mais dessa droga. A ponto de perdermos a noção do ridículo, da razão, da (a)normalidade das coisas.
São estímulos. Desejamos injetar. Desejamos cheirar. Desejamos tocar. Desejamos ouvir. Desejamos olhar. Desejamos degustar. Desejamos sentir. Desejamos possuir. Esse instinto. Instinto animal! E não nos contentamos com pouco, queremos sempre mais. E quando temos tudo, quando consumimos tudo, partimos para coisas novas.
Então... acionamos outros vícios. Atacamos com outras armas. Consumimos. Até esgotar. Queremos mais e sempre mais. Como... como um... como um câncer.
- Mãe?
- Sim.
- Porque não nos contentamos com o que temos?
- Não sei, meu filho. A satisfação das pessoas mudam. Não tem fim.
- Hm... e qual é a sua satisfação no momento?
- Bom... é ver você crescer, vencer, ser feliz e passar isso para seus filhos.
- Hm... mas... e uma satisfação sua? Uma satisfação pessoal?
- Estar viva até lá.
- Não! Ser mãe significa ter vários significados! Mãe que cuida. Que gesta. Que gera. Que procria. Que educa. Que transforma. Que acompanha. Que se preocupa. Que chora. Que se orgulha. É a referência maior.
- Aahmm!
Sim... o desejo é a mãe de todos os vícios sentimentais. Ele que gera, que dá cria, que leva a vida a todos os outros vícios. E, como todo vício, há sempre o desejo de querer mais. E somos quase que obrigados a injetar na veia mais dessa droga. A ponto de perdermos a noção do ridículo, da razão, da (a)normalidade das coisas.
São estímulos. Desejamos injetar. Desejamos cheirar. Desejamos tocar. Desejamos ouvir. Desejamos olhar. Desejamos degustar. Desejamos sentir. Desejamos possuir. Esse instinto. Instinto animal! E não nos contentamos com pouco, queremos sempre mais. E quando temos tudo, quando consumimos tudo, partimos para coisas novas.
Então... acionamos outros vícios. Atacamos com outras armas. Consumimos. Até esgotar. Queremos mais e sempre mais. Como... como um... como um câncer.
- Mãe?
- Sim.
- Porque não nos contentamos com o que temos?
- Não sei, meu filho. A satisfação das pessoas mudam. Não tem fim.
- Hm... e qual é a sua satisfação no momento?
- Bom... é ver você crescer, vencer, ser feliz e passar isso para seus filhos.
- Hm... mas... e uma satisfação sua? Uma satisfação pessoal?
- Estar viva até lá.
24.10.07
Encarando a Felicidade
Ainda em pós reflexão por ter lido o livro A Última Grande Lição: O sentido da vida (Tuesdays with Morrie) de Mitch Albom, me perguntei recentemente o que determina a felicidade de uma pessoa. As dúvidas foram aumentando quando presenciei no Hemorio crianças, carecas, correndo de alegria para o pátio externo do hospital por saberem que finalmente estavam indo para casa. E aumentaram terrivelmente quando folheei o álbum de fotos das obras sociais que minha mãe participa. No álbum continha algumas fotos antigas e outras recentes.
Encaro a felicidade como estado de espírito pleno de paz. E este estado de espírito é mutável, varia pela idade, pela situação e pelo momento. A criança, por exemplo, precisa de amor, educação, alimentação, agasalho, atenção, lazer e sorvete. Mas a felicidade que a criança desenha em sua mente, as vezes, se limita apenas ao lazer e sorvete. Porém os adultos, geralmente os pais e responsáveis, sabem que as demais necessidades são importantes para suas crianças e dão o que precisam.
A idade vai avançando e criamos outras imagens do que é a felicidade. Conforme o entendimento de "noção de mundo" vai se aprimorando, criamos algumas prioridades para atingir-mos o estado pleno. Pessoas são felizes apenas suprindo suas necessidades fisiológicas. Há outras que se contentam em manter a estabilidade profissional. Outros vão mais além, procuram afeições sociais como ser aceito perante a sociedade, ser amado etc. O estado seguinte é a auto-estima, ser reconhecido, ser apreciado e respeitado, ser visto como líder. E por último, a felicidade se faz presente apenas quando o indivíduo atinge o aperfeiçoamento interior. Esses "estágios" são chamados de Hierarquia de Maslow.
A felicidade momentânea é aquela que é disparada por receber uma bela notícia, por ver uma bela imagem, por ouvir uma música, sentir um cheiro. É a felicidade do "fechar dos olhos", ou a "felicidade das lembranças". É muito perceptível quando conversamos com pessoas mais velhas que tem muito a nos dizer. Essa felicidade é frágil, pois ao abrirmos os olhos nos deparamos como mundo real mudando as belas sensações para a mais profunda tristeza, depressão ou saudade. (Seria a saudade uma forma de felicidade nostálgica? Outro questionamento que acabei de levantar!)
Bom. Eu vivo uma felicidade inconsciente. Isso mesmo. As vezes eu encaro as coisas como as mais belas do mundo. E no instante seguinte, algo chacoalha a minha mente como me acordando. Não sei se é o momento de transição que a Tri-Force está sofrendo. Não sei se é porque eu gostaria de ter vivido parte das recordações registradas no álbum de fotos da minha mãe. Não sei se estou banalizando meus conceitos de felicidade. E sutilmente ela apareceu em crianças doentes que gritam de alegria ao irem pro pátio num dia lindo de um sol radiante.
Felicidade... gosto de pensar nisso.
Encaro a felicidade como estado de espírito pleno de paz. E este estado de espírito é mutável, varia pela idade, pela situação e pelo momento. A criança, por exemplo, precisa de amor, educação, alimentação, agasalho, atenção, lazer e sorvete. Mas a felicidade que a criança desenha em sua mente, as vezes, se limita apenas ao lazer e sorvete. Porém os adultos, geralmente os pais e responsáveis, sabem que as demais necessidades são importantes para suas crianças e dão o que precisam.
A idade vai avançando e criamos outras imagens do que é a felicidade. Conforme o entendimento de "noção de mundo" vai se aprimorando, criamos algumas prioridades para atingir-mos o estado pleno. Pessoas são felizes apenas suprindo suas necessidades fisiológicas. Há outras que se contentam em manter a estabilidade profissional. Outros vão mais além, procuram afeições sociais como ser aceito perante a sociedade, ser amado etc. O estado seguinte é a auto-estima, ser reconhecido, ser apreciado e respeitado, ser visto como líder. E por último, a felicidade se faz presente apenas quando o indivíduo atinge o aperfeiçoamento interior. Esses "estágios" são chamados de Hierarquia de Maslow.
A felicidade momentânea é aquela que é disparada por receber uma bela notícia, por ver uma bela imagem, por ouvir uma música, sentir um cheiro. É a felicidade do "fechar dos olhos", ou a "felicidade das lembranças". É muito perceptível quando conversamos com pessoas mais velhas que tem muito a nos dizer. Essa felicidade é frágil, pois ao abrirmos os olhos nos deparamos como mundo real mudando as belas sensações para a mais profunda tristeza, depressão ou saudade. (Seria a saudade uma forma de felicidade nostálgica? Outro questionamento que acabei de levantar!)
Bom. Eu vivo uma felicidade inconsciente. Isso mesmo. As vezes eu encaro as coisas como as mais belas do mundo. E no instante seguinte, algo chacoalha a minha mente como me acordando. Não sei se é o momento de transição que a Tri-Force está sofrendo. Não sei se é porque eu gostaria de ter vivido parte das recordações registradas no álbum de fotos da minha mãe. Não sei se estou banalizando meus conceitos de felicidade. E sutilmente ela apareceu em crianças doentes que gritam de alegria ao irem pro pátio num dia lindo de um sol radiante.
Felicidade... gosto de pensar nisso.
2.10.07
Os Autores
Uma criança se aproximou e me perguntou "Moço! O que você tem?". Parei, fiquei olhando p’ro menininho e demorei p'ra responder "Só o médico sabe, pequeno.". E devolveu um "Aahhm!". Tou cansando de ficar falando da minha pessoa. Não preciso despertar interesse da minha vida p'ra ninguém.
Prefiro falar deste menino, de olhos amêndoas, que se preocupou comigo na manhã de quinta-feira do mês de Junho.
Prefiro falar do re-encontro de grandes amigos, que antes estavam doentes e hoje estão de volta curtindo cada momento com os mais próximos.
Prefiro lembrar daquela senhora, que não sei o nome, que TODO SANTO DIA ela percorre a Rua da Matriz, quase meia noite, com monte de sacolas na mão com comida para gatos e cachorros, colocando os potes de ração por baixo dos portões dos terrenos abandonados.
Prefiro reconhecer em como é impressionante a sabedoria que minha mãe possui para tirar essa grande família de situações difíceis.
Prefiro mencionar o valor e a dedicação dos voluntários que trabalham vendendo canetas nas ruas com propósito de arrecadar fundos para instituições carentes.
Eu não conhecia aquele menino...
Mas mesmo assim se despediu dizendo "Você vai sarar, viu?".
E deu tchau.
Prefiro falar deste menino, de olhos amêndoas, que se preocupou comigo na manhã de quinta-feira do mês de Junho.
Prefiro falar do re-encontro de grandes amigos, que antes estavam doentes e hoje estão de volta curtindo cada momento com os mais próximos.
Prefiro lembrar daquela senhora, que não sei o nome, que TODO SANTO DIA ela percorre a Rua da Matriz, quase meia noite, com monte de sacolas na mão com comida para gatos e cachorros, colocando os potes de ração por baixo dos portões dos terrenos abandonados.
Prefiro reconhecer em como é impressionante a sabedoria que minha mãe possui para tirar essa grande família de situações difíceis.
Prefiro mencionar o valor e a dedicação dos voluntários que trabalham vendendo canetas nas ruas com propósito de arrecadar fundos para instituições carentes.
Eu não conhecia aquele menino...
Mas mesmo assim se despediu dizendo "Você vai sarar, viu?".
E deu tchau.
16.9.07
Vícios Sentimentais
Recentemente conversei com uma amiga minha sobre os altos e baixos da vida humana. E entramos num assunto bem interessante, sobre vícios sentimentais. Filosofando e dialogando sobre o assunto, chegamos a síntese de que as pessoas parecem ter a necessidade de viverem sobre o efeito de um sentimento, seja ele qual for. Entre eles estão o amor, o ódio, a tristeza, a felicidade, a melancolia e a hipocrisia (questionável a hipocrisia).
Os vícios sentimentais nos influenciam, nos dominam, tem o poder de nos levar do céu ao inferno em questão de segundos. Chega a ser uma dependência química. Somos reféns desta droga poderosa e cruel que impiedosamente nos matam com estúpidas doses homeopáticas. E somos submissos, desejamos consumi-las, estamos sempre atrás de mais e quando temos toda a dose necessária, partimos em busca de novos sentimentos.
Não há vício sentimental benigno ou maligno. Há os mais constantes e os esporádicos. E, muito provavelmente, o mais comum é a carência. É incrível como as pessoas necessitam sentir-se carentes. E a carência é o vício que mais sintomas são percebidos. A carência deixa a pessoa vulnerável, frágil, acaba cometendo loucuras para saciá-las, muda o comportamento, os hábitos, chegando a ser repulsivo as vezes.
Mas, repito, é incrível como as pessoas parecem gostar de sentir-se carentes. Pois ao saciar o desejo, quase que imediatamente buscam estarem sozinhas (o efeito colateral do consumo da droga). E, assim sendo, em poucos momentos o sentimento de carência toma conta de novo de todos os órgãos, vísceras, veias, ossos, músculos e outras partes vivas do infeliz indivíduo.
Esse e outros vícios fazem parte de nossas frágeis camadas humanas. Achei bem interessante o assunto e futuramente falarei mais detalhadamente de cada vício.
O único perigo em ser imune a todo e qualquer tipo de vício sentimental é ser condenado até os últimos dias de sua vida a ser insensível com você mesmo e com o mundo.
Os vícios sentimentais nos influenciam, nos dominam, tem o poder de nos levar do céu ao inferno em questão de segundos. Chega a ser uma dependência química. Somos reféns desta droga poderosa e cruel que impiedosamente nos matam com estúpidas doses homeopáticas. E somos submissos, desejamos consumi-las, estamos sempre atrás de mais e quando temos toda a dose necessária, partimos em busca de novos sentimentos.
Não há vício sentimental benigno ou maligno. Há os mais constantes e os esporádicos. E, muito provavelmente, o mais comum é a carência. É incrível como as pessoas necessitam sentir-se carentes. E a carência é o vício que mais sintomas são percebidos. A carência deixa a pessoa vulnerável, frágil, acaba cometendo loucuras para saciá-las, muda o comportamento, os hábitos, chegando a ser repulsivo as vezes.
Mas, repito, é incrível como as pessoas parecem gostar de sentir-se carentes. Pois ao saciar o desejo, quase que imediatamente buscam estarem sozinhas (o efeito colateral do consumo da droga). E, assim sendo, em poucos momentos o sentimento de carência toma conta de novo de todos os órgãos, vísceras, veias, ossos, músculos e outras partes vivas do infeliz indivíduo.
Esse e outros vícios fazem parte de nossas frágeis camadas humanas. Achei bem interessante o assunto e futuramente falarei mais detalhadamente de cada vício.
O único perigo em ser imune a todo e qualquer tipo de vício sentimental é ser condenado até os últimos dias de sua vida a ser insensível com você mesmo e com o mundo.
26.8.07
Mas... quais mudanças!?
Eu tenho notado mudanças. Algumas drásticas outras sutis. Tanto nos costumes, nas manias, nos comportamento e nas idéias. Mudanças em imagens inabaláveis tendo como base as nossas primeiras impressões e edificadas com as sensações do dia-a-dia.
Inabaláveis! Alguns preconceitos caíram por terra, surgiram outros em minha mente (infelizmente). Manias milenares, que me acompanham, foram moldadas, ajustadas ou bruscamente trocadas por outras. Os conceitos de vida, de morte, de amor, de ódio, de glórias e derrotas foram todos postos lado a lado, nesta ordem, ponderados e ratificados. Alguns ganharam peso, outros deixaram de fazer sentido.
Também tenho sentido uma mudança ao meu redor. Tanto nas pessoas próximas, tanto nas rotinas e obrigações do dia a dia, tanto no meu conceito de lazer, de relacionamento, de amizade e de idoneidade moral. Preciso esconder essas sensações de mudança para preservar aquilo que valorizo, aquilo que julgo pertencer à cadeia-existencial do mundo que "decidi acreditar do meu jeito".
As boas coisas são fluidas, acabam rápido, são sutis e percebidas tarde demais. Tenho sido cauteloso em captar aquilo que me quer bem, mesmo fugindo um pouco do meu princípio de naturalidade. Ironicamente, as mudanças estão me levando para aquilo que desconheço, me afastando dos que permanecem calcados em seus conceitos de vida, amor, diversão e profissionalismo. De maneira evidente e... drástica.
Mudanças, sejam elas naturais ou não, me atormentam. Diante disso preocupo-me em trocar a noite pelo dia (quem diria). Mas não seria pedir muito que me fizesse companhia (por um dia), nas margens desse novo mundo que não conhecia. E essa minha velha mania em não mergulhar de cabeça por me preocupar em fazer um estrago maior. Mas até isto vem mudando... sutilmente.
Inabaláveis! Alguns preconceitos caíram por terra, surgiram outros em minha mente (infelizmente). Manias milenares, que me acompanham, foram moldadas, ajustadas ou bruscamente trocadas por outras. Os conceitos de vida, de morte, de amor, de ódio, de glórias e derrotas foram todos postos lado a lado, nesta ordem, ponderados e ratificados. Alguns ganharam peso, outros deixaram de fazer sentido.
Também tenho sentido uma mudança ao meu redor. Tanto nas pessoas próximas, tanto nas rotinas e obrigações do dia a dia, tanto no meu conceito de lazer, de relacionamento, de amizade e de idoneidade moral. Preciso esconder essas sensações de mudança para preservar aquilo que valorizo, aquilo que julgo pertencer à cadeia-existencial do mundo que "decidi acreditar do meu jeito".
As boas coisas são fluidas, acabam rápido, são sutis e percebidas tarde demais. Tenho sido cauteloso em captar aquilo que me quer bem, mesmo fugindo um pouco do meu princípio de naturalidade. Ironicamente, as mudanças estão me levando para aquilo que desconheço, me afastando dos que permanecem calcados em seus conceitos de vida, amor, diversão e profissionalismo. De maneira evidente e... drástica.
Mudanças, sejam elas naturais ou não, me atormentam. Diante disso preocupo-me em trocar a noite pelo dia (quem diria). Mas não seria pedir muito que me fizesse companhia (por um dia), nas margens desse novo mundo que não conhecia. E essa minha velha mania em não mergulhar de cabeça por me preocupar em fazer um estrago maior. Mas até isto vem mudando... sutilmente.
17.4.07
Questionamento
Passo os dias tentando entender alguns conceitos e preconceitos. E por mais que obtenho informações de diferentes pontos de vista, não consigo entender essa lacuna nos corações das pessoas. O que procuramos?
Onde estávamos com a cabeça ao fazer a história pura e cruel como ela é? Porque guardamos as dores, os sofrimentos, as mortes e as promessas de vingança?
Somos guiados por algum ser? Porque temos que duvidar da religião? Seria ela a raiz de todos os males? Ou seria os males as únicas cinzas que nos restarão?
A maldade é da natureza humana? Ou a sociedade que nos corrompe? Ou ambos, lembrando que a sociedade é criação do próprio homem.
Porque tenho a sensação que os sentimentos são reflexos sobrenaturais? Seria a coragem o ato de vencer o medo? O amor um sentimento utópico? A fé e a esperança seriam apenas bengalas conceituais para os preguiçosos?
Porque nos julgamos a raça dominante por apenas termos a noção de tempo e espaço? E por saber que vamos morrer? O que esperamos? E que angustia é essa por não ter o gostinho de saber como é do outro lado?
Se a natureza é a estrutura da perfeita ordem, porque o universo caminha p’ra entropia? Porque tende ao infinito? O que isso significa? Porque somos curiosos? Porque queremos saber de tudo? Porque as pessoas tem mania de questionar tanto?
Onde estávamos com a cabeça ao fazer a história pura e cruel como ela é? Porque guardamos as dores, os sofrimentos, as mortes e as promessas de vingança?
Somos guiados por algum ser? Porque temos que duvidar da religião? Seria ela a raiz de todos os males? Ou seria os males as únicas cinzas que nos restarão?
A maldade é da natureza humana? Ou a sociedade que nos corrompe? Ou ambos, lembrando que a sociedade é criação do próprio homem.
Porque tenho a sensação que os sentimentos são reflexos sobrenaturais? Seria a coragem o ato de vencer o medo? O amor um sentimento utópico? A fé e a esperança seriam apenas bengalas conceituais para os preguiçosos?
Porque nos julgamos a raça dominante por apenas termos a noção de tempo e espaço? E por saber que vamos morrer? O que esperamos? E que angustia é essa por não ter o gostinho de saber como é do outro lado?
Se a natureza é a estrutura da perfeita ordem, porque o universo caminha p’ra entropia? Porque tende ao infinito? O que isso significa? Porque somos curiosos? Porque queremos saber de tudo? Porque as pessoas tem mania de questionar tanto?
12.3.07
Única
Coisas acontecem... e sem sabermos porquê.
Pessoas vêm... e se vão sem se despedir.
Talvez porque não há explicação. Mas é muito bom reencontrarmos os grandes amigos, que nunca se despedem. Passam-se os dias, semanas, meses... mas num belo dia eles estão ali, com os mesmos olhares e a mesma força e energia de antes.
Conhecer novas pessoas tem seus riscos. Confiança e valores são percepções de um espaço perfeito de tempo. Contável em dias ou em anos!
Os novos amores também são passivos de riscos. A naturalidade geralmente é uma receita infalível... se você gosta de alguém, seja você mesmo. Isso funciona muito bem... e como funciona!
Mas as pessoas continuam vindo... e indo. E nos deparamos com a maldita saudade que consome nossa carne. O pior dos canceres. É longa e duradoura. E por mais que venham pessoas, não há como substituir as que se foram. Frase feita: cada pessoa é única!
Excepcionalidade... tanto nos momentos... tanto nas pessoas...
Paradoxalmente acredito que para um indivíduo ser único, este deve ser plural!
E você... sim, você mesma... é única!
Pessoas vêm... e se vão sem se despedir.
Talvez porque não há explicação. Mas é muito bom reencontrarmos os grandes amigos, que nunca se despedem. Passam-se os dias, semanas, meses... mas num belo dia eles estão ali, com os mesmos olhares e a mesma força e energia de antes.
Conhecer novas pessoas tem seus riscos. Confiança e valores são percepções de um espaço perfeito de tempo. Contável em dias ou em anos!
Os novos amores também são passivos de riscos. A naturalidade geralmente é uma receita infalível... se você gosta de alguém, seja você mesmo. Isso funciona muito bem... e como funciona!
Mas as pessoas continuam vindo... e indo. E nos deparamos com a maldita saudade que consome nossa carne. O pior dos canceres. É longa e duradoura. E por mais que venham pessoas, não há como substituir as que se foram. Frase feita: cada pessoa é única!
Excepcionalidade... tanto nos momentos... tanto nas pessoas...
Paradoxalmente acredito que para um indivíduo ser único, este deve ser plural!
E você... sim, você mesma... é única!
17.12.06
Abre Cortinas... Vida... Fecha Cortinas
Por todos os valores que uma pessoa cultiva, o reconhecimento é sempre bem vindo. Para quem vive no mundo das artes, isso é fundamental. A arte deve sobressair sobre qualquer outra forma de expressão. Mas desconfio que se expressar é um ato já engolido pela denominação ordinal das Artes.
A vida seria uma denominação (talvez a nona, a décima), pois estamos em constante cenas de dramaturgias reais. Os personagens são muitos, o figurino também. Aqui há luzes demais, há falas demais, há choro demais, há risos demais. E nos apresentamos para uma platéia formada por outros atores. Não há espectadores isolados do palco. O palco é a vida. O fechar das cortinas é a morte.
Mas aqui há a sensação de insignificância. É triste não receber um reconhecimento. É triste não receber um sorriso. É triste saber que, quando isso acontece, é apenas uma forma para não quebrar o protocolo, apenas para manter os bons costumes. E acima de tudo, é triste saber que mesmo com uma platéia enorme, os protagonistas estão sempre de costas entre eles.
A vida seria uma denominação (talvez a nona, a décima), pois estamos em constante cenas de dramaturgias reais. Os personagens são muitos, o figurino também. Aqui há luzes demais, há falas demais, há choro demais, há risos demais. E nos apresentamos para uma platéia formada por outros atores. Não há espectadores isolados do palco. O palco é a vida. O fechar das cortinas é a morte.
Mas aqui há a sensação de insignificância. É triste não receber um reconhecimento. É triste não receber um sorriso. É triste saber que, quando isso acontece, é apenas uma forma para não quebrar o protocolo, apenas para manter os bons costumes. E acima de tudo, é triste saber que mesmo com uma platéia enorme, os protagonistas estão sempre de costas entre eles.
12.9.06
Aos que chegam...
Estou dando as boas-vindas (meio atrasado) aos felizes novos donos de blog. Me alegro saber que ainda permanece viva essa vontade de expressar, não com imagens, mas com palavras sinceras os sentimentos mais profundos.
Nada contra aos flogs, fotologs da vida. Mas um riso numa foto nem sempre é verdadeiramente sincero. Porém um texto escrito, seja pela emoção, seja pela razão, expressa perfeitamente o coração do seu escritor.
Loo... você é sentimento. É ternura. E é um misto de doçura com uma implacável personalidade...
Renan... você é o mago prodígio das palavras. É um dom que você não deve abandonar nunca... use-as com sabedoria...
Mesmo que desistem de escrever em blogs algum dia, não desistam de escrever. Registrem o que se passa no mundo de agora... suas opiniões... seus sentimentos. Desde as épocas mais antigas da Insaminus, desde quando Branwen ainda era minha parceira escritora, sempre usamos o blog para o bem, e continuo mantendo vivo esse propósito... até onde durar toda essa essência.
Nada contra aos flogs, fotologs da vida. Mas um riso numa foto nem sempre é verdadeiramente sincero. Porém um texto escrito, seja pela emoção, seja pela razão, expressa perfeitamente o coração do seu escritor.
Loo... você é sentimento. É ternura. E é um misto de doçura com uma implacável personalidade...
Renan... você é o mago prodígio das palavras. É um dom que você não deve abandonar nunca... use-as com sabedoria...
Mesmo que desistem de escrever em blogs algum dia, não desistam de escrever. Registrem o que se passa no mundo de agora... suas opiniões... seus sentimentos. Desde as épocas mais antigas da Insaminus, desde quando Branwen ainda era minha parceira escritora, sempre usamos o blog para o bem, e continuo mantendo vivo esse propósito... até onde durar toda essa essência.
8.9.06
"Pés de agulha"
Desde quando criança, incorporamos em nossas almas muitos tiques e manias. O que leva uma criança a chupar o dedo e colocar a mão na orelha? Fazer bico quando está concentrado e escrevendo no caderno? Aos adultos também não é diferente. Quantas vezes já observamos uma pessoa de cabelos cumpridos enrolando algum cacho nos dedos enquanto pensativa? Ou estalar os dedos enquanto nervosa? Estremecer a cabeça enquanto está distraído ou prestando atenção em algo?
Não faço a menor idéia de como explicar porque isso acontece. Acredito que a pessoa adquire essas manias por sentir-se bem, por vício ou por aprender com a vida. Algumas dessas manias são interessantes. Algumas eternas. Algumas até descrevem o jeito sapeca de uma pessoa.
Sei que esses tiques e manias caracterizam uma pessoa. E você passa a gostar, a conviver e até sentir saudades... sim, com o tempo, uma dessas manias que você achava totalmente estranha se incorpora em sua vida de tal maneira que a ausência te leva a momentos de pura nostalgia. Algumas pessoas realmente marcam por possuírem manias bem curiosas.
Provavelmente eu devo ter algumas... só não sei se agradam/agradaram aos que estão ou estavam comigo.
Não faço a menor idéia de como explicar porque isso acontece. Acredito que a pessoa adquire essas manias por sentir-se bem, por vício ou por aprender com a vida. Algumas dessas manias são interessantes. Algumas eternas. Algumas até descrevem o jeito sapeca de uma pessoa.
Sei que esses tiques e manias caracterizam uma pessoa. E você passa a gostar, a conviver e até sentir saudades... sim, com o tempo, uma dessas manias que você achava totalmente estranha se incorpora em sua vida de tal maneira que a ausência te leva a momentos de pura nostalgia. Algumas pessoas realmente marcam por possuírem manias bem curiosas.
Provavelmente eu devo ter algumas... só não sei se agradam/agradaram aos que estão ou estavam comigo.
1.9.06
Belo gesto...
Andando na rua, já tarde da noite voltando pra casa, vi uma senhora cobrindo com um cobertor um morador de rua, numa dessas clássicas esquinas escuras. A princípio pensei que esta estava acudindo a pessoa, achei que estava passando mal ou até mesmo morrendo. Parei pra observar e até mesmo ajudar em qualquer coisa.
Depois de cobrir com o cobertor, fiquei mais calmo, parado, observando o belo gesto da senhora. - Tratam como marginais - disse. E caminhando pela rua, foi seguindo meus passos. Falamos sobre a situação e no fim segui meu caminho enquanto ela entrou em sua residência.
Pensei. Foi caridade? Compaixão? Mais que a obrigação?
Enfim, concluí que se as pessoas fizerem mais gestos como esse, impulsionadas pelo sentimento que for, então acreditar e esperar não morrerão.
Depois de cobrir com o cobertor, fiquei mais calmo, parado, observando o belo gesto da senhora. - Tratam como marginais - disse. E caminhando pela rua, foi seguindo meus passos. Falamos sobre a situação e no fim segui meu caminho enquanto ela entrou em sua residência.
Pensei. Foi caridade? Compaixão? Mais que a obrigação?
Enfim, concluí que se as pessoas fizerem mais gestos como esse, impulsionadas pelo sentimento que for, então acreditar e esperar não morrerão.
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