A quem dedicamos nossos prazeres alheios? Ou melhor, a quem responsabilizamos?
O jogador de futebol sente prazer ao fazer gol por alegrar seus companheiros e ver a torcida inflamada comemorando.
O professor sente prazer em dar aulas ou por sentir-se o senhor do conhecimento ou por ensinar os alunos.
O aluno sente prazer ao tirar nota boa por poder exibir a sociedade que é capaz de aprender.
O médico voluntário sente prazer em sua profissão por ver seus pacientes curados.
A mulher que se embeleza sente prazer por saber que está bonita entre as demais pessoas.
O prazer alheio é o inverso dos prazeres proporcionados pelos cinco sentidos. A pessoa se sente bem em ser importante, em ser ouvida, em ser útil, em ser notada, em demonstrar que é capaz. Mas para isso ela precisa de uma platéia, de testemunhas, de uma pessoa a quem ela possa dizer "de nada".
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24.12.09
8.12.09
... eu sempre acreditei.
É como se a luz não iluminasse mais
Como se a todo momento houvesse o por do sol, sem sol
É como aprender com o melhor professor
E esquecer com os erros dos outros
Não quero mais isso pra mim
Não quero ter essa sensação de impotência
Ou essa ostentação do fracasso
Não quero mais estar preso nessa garagem vazia
Enquanto há luz lá fora
E enquanto há vida em meu espaço
Eu não errei
Eu não pertenci
Eu não perdi
Eu não sonhei...
Como se a todo momento houvesse o por do sol, sem sol
É como aprender com o melhor professor
E esquecer com os erros dos outros
Não quero mais isso pra mim
Não quero ter essa sensação de impotência
Ou essa ostentação do fracasso
Não quero mais estar preso nessa garagem vazia
Enquanto há luz lá fora
E enquanto há vida em meu espaço
Eu não errei
Eu não pertenci
Eu não perdi
Eu não sonhei...
9.11.09
Meios
Escrevo sempre em meu blog quando há um surto de imensa alegria ou tristeza. Como de praxe, eu demoro muito pra perceber as coisas. E demorei longos seis meses pra perceber que quando estou vivendo na mediocridade escrevo absolutamente nada.
Por que não escrever na mediocridade?
Por que não escrever quando a maré nem está baixa e nem está alta?
Por que não dizer aquilo que não penso ainda?
Por que não entender o que nem é tão complicado assim e nem é tão fácil assim?
Por que não assumir de vez que viver nos extremos me trás mais ou menos satisfação em escrever?
Por que não perceber que por mais que eu tente assumir a minha mediocridade eu saio perdendo nos detalhes?
Por que não assumir logo o cinza?
Por que não cochichar enquanto o outro grita?
Por que não ficar olhando pro teto em pé no meio da sala?
Por que não começar o livro do meio?
Por que não terminar o começo de uma história no meio?
Por que não dividir 80 por 8?
E por que... não?
Por que não escrever na mediocridade?
Por que não escrever quando a maré nem está baixa e nem está alta?
Por que não dizer aquilo que não penso ainda?
Por que não entender o que nem é tão complicado assim e nem é tão fácil assim?
Por que não assumir de vez que viver nos extremos me trás mais ou menos satisfação em escrever?
Por que não perceber que por mais que eu tente assumir a minha mediocridade eu saio perdendo nos detalhes?
Por que não assumir logo o cinza?
Por que não cochichar enquanto o outro grita?
Por que não ficar olhando pro teto em pé no meio da sala?
Por que não começar o livro do meio?
Por que não terminar o começo de uma história no meio?
Por que não dividir 80 por 8?
E por que... não?
28.11.08
Atos
Assim com tudo na minha vida os textos que escrevo aqui oscilam entre o céu e o inferno. Entre o escuro e o claro. É um paradoxo que me cerca que me faz sentir assim. Os extremos me perseguem... as letras me perseguem... os dias de chuva também. Há um eco em minha sala em minha sala.
Não, eu não estou escrevendo em primeira pessoa... odeio fazer isso, ainda mais no tempo presente. Gosto do Pretérito Perfeito e odeio o Futuro do Pretérito. Porque, meu Deus, são tantos tempos? Porque diabos ainda não pensei nisso antes? Se pensei, não senti. Se senti, não vivi.
Pensar, sentir, viver. É provavelmente a seqüencia de atos cometidos por minha alma momentos antes de escrever em meu blog.
Não, eu não estou escrevendo em primeira pessoa... odeio fazer isso, ainda mais no tempo presente. Gosto do Pretérito Perfeito e odeio o Futuro do Pretérito. Porque, meu Deus, são tantos tempos? Porque diabos ainda não pensei nisso antes? Se pensei, não senti. Se senti, não vivi.
Pensar, sentir, viver. É provavelmente a seqüencia de atos cometidos por minha alma momentos antes de escrever em meu blog.
21.11.08
Acaso com o descaso
Ando um pouco impaciente... meio sem saco também!
Tinha (e ainda tenho) alguns posts legais pré-prontos, mas minha total falta de paciência pr'as coisas me impedem d'eu publica-los. Acho que preciso de um astral melhor para poder termina-los bem. Tem até um legal sobre a 'consciência negra', mas arquivei!
É... impaciente com o tempo e com várias coisas rotineiras que vem me irritando. Tem a ver com amigos, trabalho, estudos, Projeto Final e Natal chegando.
Ando sem saco pras coisas que nunca terminam. E ver aquilo que quero que comece logo se afastar ainda mais. As vezes acho que estou sendo vigiado. Porquê as pessoas gritam e choram pra chamar a atenção? É como numa conversa em que duas pessoas falam ao mesmo tempo sem prestar atenção no que o outro está dizendo. Querem ser ouvidas e não ouvem!
To irritado por ver certas coisas. Ver que tá errado e eu não poder fazer nada! Gostaria de não saber... não posso também saber de tudo!
Ver tanta coisa fútil, inacabada, arrogância, despreparo, descaso, bagunça e muita incompreensão me desperta o maior dos incômodos em um ser humano: a desmotivação.
Tinha (e ainda tenho) alguns posts legais pré-prontos, mas minha total falta de paciência pr'as coisas me impedem d'eu publica-los. Acho que preciso de um astral melhor para poder termina-los bem. Tem até um legal sobre a 'consciência negra', mas arquivei!
É... impaciente com o tempo e com várias coisas rotineiras que vem me irritando. Tem a ver com amigos, trabalho, estudos, Projeto Final e Natal chegando.
Ando sem saco pras coisas que nunca terminam. E ver aquilo que quero que comece logo se afastar ainda mais. As vezes acho que estou sendo vigiado. Porquê as pessoas gritam e choram pra chamar a atenção? É como numa conversa em que duas pessoas falam ao mesmo tempo sem prestar atenção no que o outro está dizendo. Querem ser ouvidas e não ouvem!
To irritado por ver certas coisas. Ver que tá errado e eu não poder fazer nada! Gostaria de não saber... não posso também saber de tudo!
Ver tanta coisa fútil, inacabada, arrogância, despreparo, descaso, bagunça e muita incompreensão me desperta o maior dos incômodos em um ser humano: a desmotivação.
28.9.08
Acontecimento da vida... e da morte
Não sei bem como acontecem as coisas, mas que acontecem de alguma maneira, isso acontece. Imagine você no meio do encontro da água doce de um rio com o mar. Qual sabor teria a água? Que tipo de vida há no local? Seres ambíguos à água doce e salgada?
O acontecimento da morte também me traz questionamento igual. Alguém pode morrer mais ou menos? Em que momento a gente pode afirmar com certeza "pronto, agora morreu"?. Se morreu, porque choques elétricos ressuscitam pessoas algumas vezes?
Já que falei de morte, por que não de vida? Quando nascemos não necessariamente passamos a estar vivo a partir deste momento. Pelo menos uns sete meses estamos vivos dentro da barriga de uma mulher. Mas, então. Em que momento podemos dizer "tá vivo"? Na hora da fecundação? Na hora que o bebê começa a se movimentar? Já parou pra pensar que as pessoas são mais velhas sete a nove meses? Porque já estávamos vivo... mas a partir de quando? "Where soul meets body"?
Bom, como eu não sou biólogo ou geógrafo, nem coveiro, nem obstetra, deixo minhas dúvidas aqui.
O acontecimento da morte também me traz questionamento igual. Alguém pode morrer mais ou menos? Em que momento a gente pode afirmar com certeza "pronto, agora morreu"?. Se morreu, porque choques elétricos ressuscitam pessoas algumas vezes?
Já que falei de morte, por que não de vida? Quando nascemos não necessariamente passamos a estar vivo a partir deste momento. Pelo menos uns sete meses estamos vivos dentro da barriga de uma mulher. Mas, então. Em que momento podemos dizer "tá vivo"? Na hora da fecundação? Na hora que o bebê começa a se movimentar? Já parou pra pensar que as pessoas são mais velhas sete a nove meses? Porque já estávamos vivo... mas a partir de quando? "Where soul meets body"?
Bom, como eu não sou biólogo ou geógrafo, nem coveiro, nem obstetra, deixo minhas dúvidas aqui.
13.6.08
13 Letras
Sou fanático por números e nunca escondi isso. E tenho uma certa admiração pelo número 13. É um número que me passa uma certa instabilidade. Falta alguma coisa. Não sei o que é. Falta decifra-lo.
É incompleto, incompreensível. Mas gosto das coisas incompletas. O inacabado me estimula a continuar construindo. O incompleto me traz a sessação de querer mais. Gosto de ver um quebra-cabeça faltando apenas um peça. É infalso, falta equilíbrio. Ouvir aquela música que termina sem um belo desfecho. Ter aquela sensação estranha ao subir uma escada rolante quebrada. E de não tomar aquele último gole do excelente vinho na taça.
Esse número representa a fuga do previsível, do comum, da rotina. Gosto de histórias mal acabadas. De finais incertos. Lembro que final incerto não necessariamente é o final surpreendente, pois este todos já esperam acontecer. As letras do filme sobem e sempre há um extra a ser visto. Gosto dos extras, gostos das letras, gosto das treze letras que compõe um final feliz.
Crendices ou não, 13 pode até ser um número como qualquer outro. Mas tens traços de incoerência, falta de capricho, inconsistência e uma doce e humana hipocrisia que nos cai tão bem.
É incompleto, incompreensível. Mas gosto das coisas incompletas. O inacabado me estimula a continuar construindo. O incompleto me traz a sessação de querer mais. Gosto de ver um quebra-cabeça faltando apenas um peça. É infalso, falta equilíbrio. Ouvir aquela música que termina sem um belo desfecho. Ter aquela sensação estranha ao subir uma escada rolante quebrada. E de não tomar aquele último gole do excelente vinho na taça.
Esse número representa a fuga do previsível, do comum, da rotina. Gosto de histórias mal acabadas. De finais incertos. Lembro que final incerto não necessariamente é o final surpreendente, pois este todos já esperam acontecer. As letras do filme sobem e sempre há um extra a ser visto. Gosto dos extras, gostos das letras, gosto das treze letras que compõe um final feliz.
Crendices ou não, 13 pode até ser um número como qualquer outro. Mas tens traços de incoerência, falta de capricho, inconsistência e uma doce e humana hipocrisia que nos cai tão bem.
14.4.08
Hardcore
Ao ligar o botão a música é tocada em tons menores. A melodia é doce e bonita. O som é inconfundível e muito fácil memorizar. Mesmo quando surgem os primeiros acordes dissonantes, fugindo um pouco do campo harmônico, ainda assim há leveza e pureza nas oscilantes ondas de longa perduração.
Um ritmo mais acelerado é imposto pela inquieta bateria, até então ociosa e ansiosa por querer se juntar aos demais instrumentos. O Som dos diferente tons unidos com repiques de contra-tempo acrescentam um ingrediente rodeado de mistério ao som exalado pelo conjunto.
Mas há as notas graves. O grave entra em contraste com a percussão perdendo o tom, ritmo e compasso. Simplesmente pelo grave. Pela desconcentração do conjunto.
O grave. O suficiente para a bateria iniciar seu número particular de hardcore. Enquanto a flauta cria sua sessão de nostalgia glissando notas remotas. O piano, quieto, se contorcendo por não haver quem afinasse suas cordas. A harpa harpeja, e festeja, por poder finalmente harpejar. Cada violino e cada violoncelo numa nota só, mas cada qual com seu timbre. E já que ninguém deu corda ao violão, este por sua vez, lança-se contra a parede só pra exibir seu som. Os metais, irritantes, chocam-se entre si, pois unidos conseguem fazer bastante barulho.
Tudo isso pelo grave. A verdade das notas. O eco exibicionista que não se dilui no tempo nem no espaço. O instrumento que aprender a toca-la primeiro levará aos demais instrumentos a buscar sua própria melodia. Sem muita harmonia, é verdade... mas com um belo show de exibicionismo gratuito.
Um ritmo mais acelerado é imposto pela inquieta bateria, até então ociosa e ansiosa por querer se juntar aos demais instrumentos. O Som dos diferente tons unidos com repiques de contra-tempo acrescentam um ingrediente rodeado de mistério ao som exalado pelo conjunto.
Mas há as notas graves. O grave entra em contraste com a percussão perdendo o tom, ritmo e compasso. Simplesmente pelo grave. Pela desconcentração do conjunto.
O grave. O suficiente para a bateria iniciar seu número particular de hardcore. Enquanto a flauta cria sua sessão de nostalgia glissando notas remotas. O piano, quieto, se contorcendo por não haver quem afinasse suas cordas. A harpa harpeja, e festeja, por poder finalmente harpejar. Cada violino e cada violoncelo numa nota só, mas cada qual com seu timbre. E já que ninguém deu corda ao violão, este por sua vez, lança-se contra a parede só pra exibir seu som. Os metais, irritantes, chocam-se entre si, pois unidos conseguem fazer bastante barulho.
Tudo isso pelo grave. A verdade das notas. O eco exibicionista que não se dilui no tempo nem no espaço. O instrumento que aprender a toca-la primeiro levará aos demais instrumentos a buscar sua própria melodia. Sem muita harmonia, é verdade... mas com um belo show de exibicionismo gratuito.
9.1.08
De si para si só
Demorei um pouco pra iniciar as postagem de dois mil e oito. Talvez porque eu tenha parado um pouco pra descansar mentalmente. Tirei uma semana pra ficar no puro ócio. Mas ontem e hoje resolvi ler alguns blogs, contos e alguns textos antigos meus.
Lendo os blogs, reparei o quanto os diversos escritores são receptivos, objetivos, viajantes e sinceros. Textos pequenos, outros enormes, sempre com um tom informativo e aberto a questionamentos. Foi aí que parei pra pensar um pouco sobre meu blog. E reparei que muitas das minhas postagem possuem um tom mais severo, intimista, fechado e irônico as vezes. E pela primeira vez fiz o papel de leitor da Insaminus.
Dentre tantos textos, contos, poesias me senti agredido, mas de uma forma diferente. Pois notei que das coisas que eu digo aqui, a maioria das "acusações nas entrelinhas", mensagens, conselhos e recados é direcionada para... eu. Constantemente entro em conflito comigo mesmo, lidando com minhas inúmeras hipocrisias, incompreensão, intolerância e até um certo tipo de ignorância por não ouvir (ou ler) melhor o que os outros tem a dizer.
Acho que a Insaminus é isso. O curioso comportamento humano que espelha em mim, pode se refletir em muitas outras almas angustiadas. Sinta-se em casa. Eu já estendi a rede.
Lendo os blogs, reparei o quanto os diversos escritores são receptivos, objetivos, viajantes e sinceros. Textos pequenos, outros enormes, sempre com um tom informativo e aberto a questionamentos. Foi aí que parei pra pensar um pouco sobre meu blog. E reparei que muitas das minhas postagem possuem um tom mais severo, intimista, fechado e irônico as vezes. E pela primeira vez fiz o papel de leitor da Insaminus.
Dentre tantos textos, contos, poesias me senti agredido, mas de uma forma diferente. Pois notei que das coisas que eu digo aqui, a maioria das "acusações nas entrelinhas", mensagens, conselhos e recados é direcionada para... eu. Constantemente entro em conflito comigo mesmo, lidando com minhas inúmeras hipocrisias, incompreensão, intolerância e até um certo tipo de ignorância por não ouvir (ou ler) melhor o que os outros tem a dizer.
Acho que a Insaminus é isso. O curioso comportamento humano que espelha em mim, pode se refletir em muitas outras almas angustiadas. Sinta-se em casa. Eu já estendi a rede.
24.12.07
Balança
Já a libertinagem está do lado de fora. A rebeldia. A anarquia. A resistência. A oposição. Tão cega e tão matriciais que negam as poucas verdades absolutas que movem esse mundo. Paralisam, bloqueiam, regridem e secam as raízes mais profundas dos poucos valores que ainda resistem nessa gigantesca caverna.
Há paradoxo no equilíbrio das coisas. Não há suportes que caibam todas as idealizações do que é verdadeiro e do que é falso. Do que é certo, do que é errado. Há mitos demais. Há ritos demais. Há símbolos demais. Há intolerância. Há padrões. Há o novo velho jeito de se livrar dos seus próprio medos. Sem ser sincero. Sem dizer o que realmente pensa. Sem transparecer a alma. Sem sombra. Sem luz. Sem imagens.
18.12.07
Ambiente Interno
Há mortos e feridos. Mas há paz reinando depois de um longo período de guerra. Não sobrou muito, mas as ruínas servirão como paisagens para belas pinturas. Não há vencedores, mas as lições aprendidas nos tornarão soberanos numa terra de cinzas. Não há histórias pra contar... não há tempo... não há do que se queixar.
Entre os escombros e fuselagens caminho em direção contrário ao vento, não por acaso. O lugar é irreconhecível. Não há nada, não há quase ninguém. Impossível acreditar que nessa terra ainda há de germinar sementes de esperança. Até ouvir risos de crianças, que brincam à luz do sol depois de um longo tempo de recluso.
Aos mortos, pesar...
Aos feridos, cicatrizes...
Às crianças, sementes...
Entre os escombros e fuselagens caminho em direção contrário ao vento, não por acaso. O lugar é irreconhecível. Não há nada, não há quase ninguém. Impossível acreditar que nessa terra ainda há de germinar sementes de esperança. Até ouvir risos de crianças, que brincam à luz do sol depois de um longo tempo de recluso.
Aos mortos, pesar...
Aos feridos, cicatrizes...
Às crianças, sementes...
12.11.07
Os grandes hiatos
Eu não sei ao certo quanto tempo mais vai durar, mas com certeza esse período de absorção mental é o mais longo que tenho visto. Não só comigo, mas sim também com os amigos de infância. É uma calmaria. Como se o mar estivesse puxando as águas aos poucos para lançar uma forte onda sobre a terra.
Acho que estou fazendo bem o meu papel. Absorvendo coisas novas. Dando uma olhada no antigo e preparando terreno para o novo. Mas... nem sei o que virá. Estou subindo a montanha, vejo imagens, sinto inspirações, algo se aproxima. O que vai acontecer lá em cima? Que vista terei no momento certo?
São hiatos que acontecem em nossas vidas. Nascemos, criamos e morremos... mentalmente. É preciso viver essas fases, lidar com a terrível transição, esvaziar-se aprimorando o olfato para sentir o cheiro do novo.
"Tenho até medo e ansiedade pelo que está por vir... ao mesmo tempo... e se vier!"
Acho que estou fazendo bem o meu papel. Absorvendo coisas novas. Dando uma olhada no antigo e preparando terreno para o novo. Mas... nem sei o que virá. Estou subindo a montanha, vejo imagens, sinto inspirações, algo se aproxima. O que vai acontecer lá em cima? Que vista terei no momento certo?
São hiatos que acontecem em nossas vidas. Nascemos, criamos e morremos... mentalmente. É preciso viver essas fases, lidar com a terrível transição, esvaziar-se aprimorando o olfato para sentir o cheiro do novo.
"Tenho até medo e ansiedade pelo que está por vir... ao mesmo tempo... e se vier!"
24.9.07
Culpa do Cosmos
Quando algo começa a ser constante, de forma inusitada e, até certo ponto, assustadora, é hora de parar e pensar se não há algo mais forte influenciando a gente.
Eu sei, eu sei... o universo caminha para a total entropia, mas o que tem eu haver com isso? Se o universo está em expansão, problema é dele. Se a lua cheia influencia as águas dos oceanos, ótimo para os peixes. Se as joaninhas das ilhas de Trinidad e Tobago estão tendo problemas pela destruição da fauna e da flora local, pesar.
Ora! Eu não tenho força suficiente para atender a tudo e a todos! Sou egoísta. Sou egocêntrico. Sou vaidoso. Sou forçado a acreditar que até mesmo minhas preocupações são fontes de energias "entrópicas" para tudo!
Só pode ser culpa dele. Do cosmos. Quantos pianos mais eu terei que me desviar andando nas ruas? Quantas cordas amarradas às bigornas terei que tirar do meu pescoço? Se o caminho de toda a existência do universo é a destruição, por que justamente esse planeta prova exatamente o contrário? Por que há vida? Por que há luz? Por que há tanto a se fazer, já que não há sentido em se fazer? Faz sentido?
A vida caminha no lado contrário da entropia. Qual lado pertenço?
Eu sei, eu sei... o universo caminha para a total entropia, mas o que tem eu haver com isso? Se o universo está em expansão, problema é dele. Se a lua cheia influencia as águas dos oceanos, ótimo para os peixes. Se as joaninhas das ilhas de Trinidad e Tobago estão tendo problemas pela destruição da fauna e da flora local, pesar.
Ora! Eu não tenho força suficiente para atender a tudo e a todos! Sou egoísta. Sou egocêntrico. Sou vaidoso. Sou forçado a acreditar que até mesmo minhas preocupações são fontes de energias "entrópicas" para tudo!
Só pode ser culpa dele. Do cosmos. Quantos pianos mais eu terei que me desviar andando nas ruas? Quantas cordas amarradas às bigornas terei que tirar do meu pescoço? Se o caminho de toda a existência do universo é a destruição, por que justamente esse planeta prova exatamente o contrário? Por que há vida? Por que há luz? Por que há tanto a se fazer, já que não há sentido em se fazer? Faz sentido?
A vida caminha no lado contrário da entropia. Qual lado pertenço?
26.8.07
Mas... quais mudanças!?
Eu tenho notado mudanças. Algumas drásticas outras sutis. Tanto nos costumes, nas manias, nos comportamento e nas idéias. Mudanças em imagens inabaláveis tendo como base as nossas primeiras impressões e edificadas com as sensações do dia-a-dia.
Inabaláveis! Alguns preconceitos caíram por terra, surgiram outros em minha mente (infelizmente). Manias milenares, que me acompanham, foram moldadas, ajustadas ou bruscamente trocadas por outras. Os conceitos de vida, de morte, de amor, de ódio, de glórias e derrotas foram todos postos lado a lado, nesta ordem, ponderados e ratificados. Alguns ganharam peso, outros deixaram de fazer sentido.
Também tenho sentido uma mudança ao meu redor. Tanto nas pessoas próximas, tanto nas rotinas e obrigações do dia a dia, tanto no meu conceito de lazer, de relacionamento, de amizade e de idoneidade moral. Preciso esconder essas sensações de mudança para preservar aquilo que valorizo, aquilo que julgo pertencer à cadeia-existencial do mundo que "decidi acreditar do meu jeito".
As boas coisas são fluidas, acabam rápido, são sutis e percebidas tarde demais. Tenho sido cauteloso em captar aquilo que me quer bem, mesmo fugindo um pouco do meu princípio de naturalidade. Ironicamente, as mudanças estão me levando para aquilo que desconheço, me afastando dos que permanecem calcados em seus conceitos de vida, amor, diversão e profissionalismo. De maneira evidente e... drástica.
Mudanças, sejam elas naturais ou não, me atormentam. Diante disso preocupo-me em trocar a noite pelo dia (quem diria). Mas não seria pedir muito que me fizesse companhia (por um dia), nas margens desse novo mundo que não conhecia. E essa minha velha mania em não mergulhar de cabeça por me preocupar em fazer um estrago maior. Mas até isto vem mudando... sutilmente.
Inabaláveis! Alguns preconceitos caíram por terra, surgiram outros em minha mente (infelizmente). Manias milenares, que me acompanham, foram moldadas, ajustadas ou bruscamente trocadas por outras. Os conceitos de vida, de morte, de amor, de ódio, de glórias e derrotas foram todos postos lado a lado, nesta ordem, ponderados e ratificados. Alguns ganharam peso, outros deixaram de fazer sentido.
Também tenho sentido uma mudança ao meu redor. Tanto nas pessoas próximas, tanto nas rotinas e obrigações do dia a dia, tanto no meu conceito de lazer, de relacionamento, de amizade e de idoneidade moral. Preciso esconder essas sensações de mudança para preservar aquilo que valorizo, aquilo que julgo pertencer à cadeia-existencial do mundo que "decidi acreditar do meu jeito".
As boas coisas são fluidas, acabam rápido, são sutis e percebidas tarde demais. Tenho sido cauteloso em captar aquilo que me quer bem, mesmo fugindo um pouco do meu princípio de naturalidade. Ironicamente, as mudanças estão me levando para aquilo que desconheço, me afastando dos que permanecem calcados em seus conceitos de vida, amor, diversão e profissionalismo. De maneira evidente e... drástica.
Mudanças, sejam elas naturais ou não, me atormentam. Diante disso preocupo-me em trocar a noite pelo dia (quem diria). Mas não seria pedir muito que me fizesse companhia (por um dia), nas margens desse novo mundo que não conhecia. E essa minha velha mania em não mergulhar de cabeça por me preocupar em fazer um estrago maior. Mas até isto vem mudando... sutilmente.
1.6.07
Introspectivo
Aquele meu olhar pro nada, aquele meu silêncio mortal, aquele meu mau-humor tradicional e a sensação do silêncio ao redor. Dias após dias passa um filme na minha cabeça, com imagens de quem eu fui, de quem eu sou e de como serei. Imagens ora tristes, ora alegres, ora conflitantes e imagens de acontecimentos de não sei onde, mas existiram.
Tenho inúmeras peças... não sei como encaixá-las. Caramba, falta algumas, as mais importantes estavam bem aqui. Ando esquecido. Ando distraído. Ando cantarolando músicas antigas e até criando melodias que arrepiam minha alma. Ando falando sozinho, que pra disfarçar essa minha loucura dentre as pessoas eu ponho o celular no ouvido fingindo estar falando com alguém.
É a minha loucura particular, que tento ir levando nessa normalidade de vida. E tudo é mais intenso nesse frio, nas noites, naquela maldita esquina que cometi a loucura de deixar aquele olhar melado avermelhar de lágrimas. Essa imagem provavelmente será a mais constante... talvez eterna.
Sou perseguido pelo passado e tento fazer as pazes com o presente dosando as não tão numerosas opções de caminhos a seguir. Ando escutando menos. Enxergando menos. Me socializando menos. Me afastando de não sei onde, buscando não sei o quê e vivendo não sei como.
Tenho inúmeras peças... não sei como encaixá-las. Caramba, falta algumas, as mais importantes estavam bem aqui. Ando esquecido. Ando distraído. Ando cantarolando músicas antigas e até criando melodias que arrepiam minha alma. Ando falando sozinho, que pra disfarçar essa minha loucura dentre as pessoas eu ponho o celular no ouvido fingindo estar falando com alguém.
É a minha loucura particular, que tento ir levando nessa normalidade de vida. E tudo é mais intenso nesse frio, nas noites, naquela maldita esquina que cometi a loucura de deixar aquele olhar melado avermelhar de lágrimas. Essa imagem provavelmente será a mais constante... talvez eterna.
Sou perseguido pelo passado e tento fazer as pazes com o presente dosando as não tão numerosas opções de caminhos a seguir. Ando escutando menos. Enxergando menos. Me socializando menos. Me afastando de não sei onde, buscando não sei o quê e vivendo não sei como.
23.5.07
Momento Certo
Talvez a atitude mais repudiada para quem tem um objetivo sólido e bem fundamentado seja a desistência. Vejo o quanto nós somos submetidos a verdadeiros bombardeios de estímulos, sonhos e objetivos que nos levam a total exaustão de nossas forças na busca do que acreditamos ser o melhor para nós. Mas, pergunto... quando é a hora de desistir? Vale a pena seguir sempre com um sonho cada vez inalcançável?
São perguntas difíceis, quase impossíveis de se responder. Até porque a realidade da vida pinta a própria cara de diferentes formas aos que se atrevem a entendê-la. Desistir faz-nos entender o quanto poderíamos canalizar nossas forças para um objetivo mais próximo, concreto, palpável. Que, sim, poderá servir de âncora para objetivos maiores.
Desistir não é para os fracos. Talvez o comodismo. Desistir, sem o comodismo, é preparar-se para encarar um caminho alternativo, que talvez não seja o desejado, mas muito provavelmente é o ideal. É também questionável a desistência da vida. O que leva a pessoa a desistir de viver? Eu me questiono muito na atitude de um suicida que não utilizou elementos de exibicionismo ou o sensacionalismo em seu ato. Ato de covardia... ou ato de coragem?
Quando ouço "desistir nunca!!" lembro um episódio dos Simpsons em que Homer tenta a cada segundo pegar um pedaço de carne numa panela grande com água fervente. Fico imaginando isso na vida real. A cada segundo um grito de dor. A cada segundo uma queimadura mais profunda. Estupidamente uma pessoa querendo ir contra as leis da física, podendo obter seu alimento de maneiras mais seguras ou até mesmo obter outro alimento para saciar sua fome.
No filme Cruzada, o personagem Balian (Orlando Bloom) desiste de lutar pela defesa de Jerusalém por acreditar que causaria um número menor de mortes entre os habitantes cristãos da cidade. Ele optou em desistir, jogar fora seu orgulho, aceitar humildemente a derrota e preservar inúmeras vidas que habitavam uma cidade que estava sucumbindo aos ataques do exército sarraceno comandado pelo Rei Saladino.
No estudo de administração de empresas é muito comum os líderes submeterem seus subordinados a desafios que estão acima de seus limites. E é a partir desta técnica que há o crescimento da empresa e o crescimento profissional do subordinado. Mas, uma coisa é ser submetido a desafios de maneira consciente em que a pessoa administra seus recursos técnicos e intelectuais de acordo com o problema proposto. Outra coisa é, inesperadamente, estar numa situação de vida em que seus esforços físicos, mentais, sentimentais, intelectuais são elevados ao extremo, sem retorno, sem perspectivas.
Também não existe no dicionário esportivo a palavra desistir. É lógico que numa competição em que há atletas preparados para competir até o fim num intervalo de tempo, desistir é mais que fugir a regra. Mas não creio que isso se aplica numa competição que envolve luta, com um adversário totalmente imobilizado ou nocauteado. Nesse caso, ir até o fim pode ser sinônimo de morte.
O indivíduo que não desiste nunca desperta admiração entre os demais. Geralmente quando este chega ao triunfo. Mas quando há o fracasso, é muito provável que essa admiração se transforme em sensação de estupidez e de burrice. A atitude de se jogar de peito aberto à lanças e espadas poderia ser substituída por uma atitude mais estratégica, bem pensada.
As vezes nem sempre o que almejamos seja realmente o melhor a seguir. É complicado perceber que aquilo que acreditávamos ser o certo é algo a ser descartado por não gerar resultado em nenhuma dimensão. Perde-se tempo, recursos, esforço, estímulo e energia naquilo que pintamos como 'felicidade'.
O homem é passivo em aprender com o erro. Posso hoje dizer que nem sempre o menor caminho é o melhor a seguir.
São perguntas difíceis, quase impossíveis de se responder. Até porque a realidade da vida pinta a própria cara de diferentes formas aos que se atrevem a entendê-la. Desistir faz-nos entender o quanto poderíamos canalizar nossas forças para um objetivo mais próximo, concreto, palpável. Que, sim, poderá servir de âncora para objetivos maiores.
Desistir não é para os fracos. Talvez o comodismo. Desistir, sem o comodismo, é preparar-se para encarar um caminho alternativo, que talvez não seja o desejado, mas muito provavelmente é o ideal. É também questionável a desistência da vida. O que leva a pessoa a desistir de viver? Eu me questiono muito na atitude de um suicida que não utilizou elementos de exibicionismo ou o sensacionalismo em seu ato. Ato de covardia... ou ato de coragem?
Quando ouço "desistir nunca!!" lembro um episódio dos Simpsons em que Homer tenta a cada segundo pegar um pedaço de carne numa panela grande com água fervente. Fico imaginando isso na vida real. A cada segundo um grito de dor. A cada segundo uma queimadura mais profunda. Estupidamente uma pessoa querendo ir contra as leis da física, podendo obter seu alimento de maneiras mais seguras ou até mesmo obter outro alimento para saciar sua fome.
No filme Cruzada, o personagem Balian (Orlando Bloom) desiste de lutar pela defesa de Jerusalém por acreditar que causaria um número menor de mortes entre os habitantes cristãos da cidade. Ele optou em desistir, jogar fora seu orgulho, aceitar humildemente a derrota e preservar inúmeras vidas que habitavam uma cidade que estava sucumbindo aos ataques do exército sarraceno comandado pelo Rei Saladino.
No estudo de administração de empresas é muito comum os líderes submeterem seus subordinados a desafios que estão acima de seus limites. E é a partir desta técnica que há o crescimento da empresa e o crescimento profissional do subordinado. Mas, uma coisa é ser submetido a desafios de maneira consciente em que a pessoa administra seus recursos técnicos e intelectuais de acordo com o problema proposto. Outra coisa é, inesperadamente, estar numa situação de vida em que seus esforços físicos, mentais, sentimentais, intelectuais são elevados ao extremo, sem retorno, sem perspectivas.
Também não existe no dicionário esportivo a palavra desistir. É lógico que numa competição em que há atletas preparados para competir até o fim num intervalo de tempo, desistir é mais que fugir a regra. Mas não creio que isso se aplica numa competição que envolve luta, com um adversário totalmente imobilizado ou nocauteado. Nesse caso, ir até o fim pode ser sinônimo de morte.
O indivíduo que não desiste nunca desperta admiração entre os demais. Geralmente quando este chega ao triunfo. Mas quando há o fracasso, é muito provável que essa admiração se transforme em sensação de estupidez e de burrice. A atitude de se jogar de peito aberto à lanças e espadas poderia ser substituída por uma atitude mais estratégica, bem pensada.
As vezes nem sempre o que almejamos seja realmente o melhor a seguir. É complicado perceber que aquilo que acreditávamos ser o certo é algo a ser descartado por não gerar resultado em nenhuma dimensão. Perde-se tempo, recursos, esforço, estímulo e energia naquilo que pintamos como 'felicidade'.
O homem é passivo em aprender com o erro. Posso hoje dizer que nem sempre o menor caminho é o melhor a seguir.
3.5.07
Comfortably Numb
É um sono pesado. Como numa noite fria, que a gente nem sente passar dormindo sobre muitos cobertores. Mas a quentura é de febre e o suor é um sinal que estamos combatendo aquilo que quer nos destruir.
As vezes percebe-se figuras na parede, ilusão produzida pela luz e sombra que vem de fora. E há tosse sincronizada com o latido do cachorro na rua. Ah, outra coincidência... acabou de acontecer nessa linha.
Quando a febre irá passar? Há remédio pra isso? Porque é tão desgastante e dolorido as vezes que se tenta sair dessa paralisia tentando se movimentar livremente? O repouso é recomendado, mas o comodismo chega a ser incômodo. O gosto amargo, na boca e na vida, é como uma irritante microfonia seguida de uma doce melodia.
Não tenho medo. Nem do sono pesado nem das noites frias. E se a febre insistir em voltar, talvez eu a utilize para manter acesa a brasa que serve de combustível para a vida.
As vezes percebe-se figuras na parede, ilusão produzida pela luz e sombra que vem de fora. E há tosse sincronizada com o latido do cachorro na rua. Ah, outra coincidência... acabou de acontecer nessa linha.
Quando a febre irá passar? Há remédio pra isso? Porque é tão desgastante e dolorido as vezes que se tenta sair dessa paralisia tentando se movimentar livremente? O repouso é recomendado, mas o comodismo chega a ser incômodo. O gosto amargo, na boca e na vida, é como uma irritante microfonia seguida de uma doce melodia.
Não tenho medo. Nem do sono pesado nem das noites frias. E se a febre insistir em voltar, talvez eu a utilize para manter acesa a brasa que serve de combustível para a vida.
17.4.07
Questionamento
Passo os dias tentando entender alguns conceitos e preconceitos. E por mais que obtenho informações de diferentes pontos de vista, não consigo entender essa lacuna nos corações das pessoas. O que procuramos?
Onde estávamos com a cabeça ao fazer a história pura e cruel como ela é? Porque guardamos as dores, os sofrimentos, as mortes e as promessas de vingança?
Somos guiados por algum ser? Porque temos que duvidar da religião? Seria ela a raiz de todos os males? Ou seria os males as únicas cinzas que nos restarão?
A maldade é da natureza humana? Ou a sociedade que nos corrompe? Ou ambos, lembrando que a sociedade é criação do próprio homem.
Porque tenho a sensação que os sentimentos são reflexos sobrenaturais? Seria a coragem o ato de vencer o medo? O amor um sentimento utópico? A fé e a esperança seriam apenas bengalas conceituais para os preguiçosos?
Porque nos julgamos a raça dominante por apenas termos a noção de tempo e espaço? E por saber que vamos morrer? O que esperamos? E que angustia é essa por não ter o gostinho de saber como é do outro lado?
Se a natureza é a estrutura da perfeita ordem, porque o universo caminha p’ra entropia? Porque tende ao infinito? O que isso significa? Porque somos curiosos? Porque queremos saber de tudo? Porque as pessoas tem mania de questionar tanto?
Onde estávamos com a cabeça ao fazer a história pura e cruel como ela é? Porque guardamos as dores, os sofrimentos, as mortes e as promessas de vingança?
Somos guiados por algum ser? Porque temos que duvidar da religião? Seria ela a raiz de todos os males? Ou seria os males as únicas cinzas que nos restarão?
A maldade é da natureza humana? Ou a sociedade que nos corrompe? Ou ambos, lembrando que a sociedade é criação do próprio homem.
Porque tenho a sensação que os sentimentos são reflexos sobrenaturais? Seria a coragem o ato de vencer o medo? O amor um sentimento utópico? A fé e a esperança seriam apenas bengalas conceituais para os preguiçosos?
Porque nos julgamos a raça dominante por apenas termos a noção de tempo e espaço? E por saber que vamos morrer? O que esperamos? E que angustia é essa por não ter o gostinho de saber como é do outro lado?
Se a natureza é a estrutura da perfeita ordem, porque o universo caminha p’ra entropia? Porque tende ao infinito? O que isso significa? Porque somos curiosos? Porque queremos saber de tudo? Porque as pessoas tem mania de questionar tanto?
2.4.07
Nomes
- Sabe quando às vezes você olha pro lado e percebe que ninguém está te olhando?
- Isso se chama solidão.
- E quando a gente treme ao ver um rosto conhecido?
- Isso se chama trauma.
- Mas nem sempre a gente procura. Parece que nos persegue.
- Isso se chama neurose.
- E nas noites frias, acordamos gritando um nome.
- Isso se chama passado.
- Que muitas das vezes prende a respiração e tira a lucidez.
- Isso se chama compulsão.
- Que dói aqui ó... bem aqui...
- Isso se chama saudade.
- A autodestruição pode ser uma boa saída...
- Isso se chama loucura!
- Contrapondo com o aprendizado de vida.
- Isso se chama sensatez.
- E este mundo?
- Isso se chama presente.
- E há um desejo insano... de vencer isso tudo.
- Isso se chama sede.
- Mas penso em fazer as malas, ir pra bem longe, fugir e não aparecer mais.
- Isso se chama medo.
- Queria ter alguém... aqui... ao lado...
- Isso se chama carência.
- Não! Me perco num olhar... não sei de onde vem... mesmo que distante.
- Isso se chama futuro.
- ...
- ...
- Como te chamas?
- Consciência.
- Isso se chama solidão.
- E quando a gente treme ao ver um rosto conhecido?
- Isso se chama trauma.
- Mas nem sempre a gente procura. Parece que nos persegue.
- Isso se chama neurose.
- E nas noites frias, acordamos gritando um nome.
- Isso se chama passado.
- Que muitas das vezes prende a respiração e tira a lucidez.
- Isso se chama compulsão.
- Que dói aqui ó... bem aqui...
- Isso se chama saudade.
- A autodestruição pode ser uma boa saída...
- Isso se chama loucura!
- Contrapondo com o aprendizado de vida.
- Isso se chama sensatez.
- E este mundo?
- Isso se chama presente.
- E há um desejo insano... de vencer isso tudo.
- Isso se chama sede.
- Mas penso em fazer as malas, ir pra bem longe, fugir e não aparecer mais.
- Isso se chama medo.
- Queria ter alguém... aqui... ao lado...
- Isso se chama carência.
- Não! Me perco num olhar... não sei de onde vem... mesmo que distante.
- Isso se chama futuro.
- ...
- ...
- Como te chamas?
- Consciência.
15.3.07
Síndrome
Subindo ao mar, lançou-se aos ventos
Quis acreditar no que seus olhos não viram
E no esforço não preciso, alcança
Lança... certeira
Castigo da alma
Da procura
Mas é o mesmo sorriso
Mas nunca quis achar
Ainda mesmo que marcado
Estampado, evidente, tão lógico
E... tão incoerente
Quis ser presente,
Tão crente... que mente
Pra si... e não sente
Vícios da razão
Firulas do coração
Nada se perde
Nada se cria
Simplesmente, não existe!
Quis acreditar no que seus olhos não viram
E no esforço não preciso, alcança
Lança... certeira
Castigo da alma
Da procura
Mas é o mesmo sorriso
Mas nunca quis achar
Ainda mesmo que marcado
Estampado, evidente, tão lógico
E... tão incoerente
Quis ser presente,
Tão crente... que mente
Pra si... e não sente
Vícios da razão
Firulas do coração
Nada se perde
Nada se cria
Simplesmente, não existe!
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