Dúvida de um marinheiro de primeira viagem.
Já fiz de tudo.
Já escutei música alta.
Já saí com os amigos.
Já pensei em ficar com alguém.
Já já enchi a cara.
Já chorei, e ainda choro, muito.
Já ocupei sempre a minha mente com algo.
Já procurei novas amizades.
Já conversei.
Já ouvi muitos conselhos.
Já implorei.
Já olhei pra baixo.
Já olhei pra cima.
Já fiquei olhando o nada.
Já limpei minha mente pra não pensar.
Já me dei conta que arrependi pelos meus erros.
Já orei.
Já pedi a Deus.
Qual é a cura... p'ra dor da perda de um grande amor?
30.8.06
29.8.06
Onde há luz...
Bem recente, rápido e, as vezes, na calada da noite. Foi como se uma sombra passasse sobre mim. Tive que identificar os detalhes, os sinais. Talvez em forma de sonhos... talvez.
Sonhei com coisas estranhas, sonhei com nuvens, borracha de capa azul, desenhos que fiz a muito tempo, pizzas com mostarda, monte silencioso e até mesmo com minha própria filha que nem gerada ainda foi.
Tentei olhar p’ros acontecimentos do cotidiano, mas acho que piorou. Fiquei sabendo que meu planeta regente foi rebaixado para planeta anão. Talvez seja isso... não... talvez não. Prefiro Saturno e seus anéis, mas dizem que os homens são de Marte.
Marte.
Arremate.
Mate.
Amar.
Amortece.
A morte.
Sensações estranhas... que se foram... rondaram-me, mas Ele é bem mais forte. Contemplo e vislumbro a luz que me cerca. Mas que sinal foi este que pressenti? Ainda não obtive respostas.
Hoje tive uma avaliação. Tomei vergonha na cara e entrei numa papelaria, da própria universidade, e pedi umas coisas. Eis que a atendente coloca em cima do balcão uma borracha de capa azul.
Sonhei com coisas estranhas, sonhei com nuvens, borracha de capa azul, desenhos que fiz a muito tempo, pizzas com mostarda, monte silencioso e até mesmo com minha própria filha que nem gerada ainda foi.
Tentei olhar p’ros acontecimentos do cotidiano, mas acho que piorou. Fiquei sabendo que meu planeta regente foi rebaixado para planeta anão. Talvez seja isso... não... talvez não. Prefiro Saturno e seus anéis, mas dizem que os homens são de Marte.
Marte.
Arremate.
Mate.
Amar.
Amortece.
A morte.
Sensações estranhas... que se foram... rondaram-me, mas Ele é bem mais forte. Contemplo e vislumbro a luz que me cerca. Mas que sinal foi este que pressenti? Ainda não obtive respostas.
Hoje tive uma avaliação. Tomei vergonha na cara e entrei numa papelaria, da própria universidade, e pedi umas coisas. Eis que a atendente coloca em cima do balcão uma borracha de capa azul.
25.8.06
Diário de Ester #1 A surra
Era sete da manhã. Meu primeiro dia de aula. Finalmente tinha chegado a quinta série e eu estava feliz por ainda contar com as antigas amigas e amigos do ano que passou.
Agora já passam seis meses desde o primeiro dia e ainda vejo esse menino, tão franzino apanhando dos "valentões" da sétima. Batem nele porque ele é pequeno, porque usa óculos ou talvez porque é inteligente.
Hoje ele sentou na mesa em que eu estava.
- Porque eles te batem?
- Porque não gosto de dar cola.
- Ué. Reclama com a diretora.
- Não adianta. Ela não faz nada.
- E com sua mãe...?
- Nada disso! Aí ela também me bate!
Agora já passam seis meses desde o primeiro dia e ainda vejo esse menino, tão franzino apanhando dos "valentões" da sétima. Batem nele porque ele é pequeno, porque usa óculos ou talvez porque é inteligente.
Hoje ele sentou na mesa em que eu estava.
- Porque eles te batem?
- Porque não gosto de dar cola.
- Ué. Reclama com a diretora.
- Não adianta. Ela não faz nada.
- E com sua mãe...?
- Nada disso! Aí ela também me bate!
19.8.06
Me observando... de onde?
A cena se repete. É a mesma. Igualzinha aos outros sonhos.
Lá está ela, a menininha sentada me olhando. E eu, sem pronunciar uma palavra, curioso p’ra saber porque aqueles olhinhos tanto me perseguem de um lado para o outro.
Seus olhos singelos, seu leve sorriso no rosto. Seu cabelo castanho claro, quase um loiro angelical. A face corada e os lábios delicadamente rosados. Familiarmente sentada em cima de uma mesa alta, com as perninhas balançando, as mãos apoiadas na mesa, observando tudo que estou fazendo.
Foi então que hoje, depois de tanta perseguição, resolvi perguntar:
- Você é minha filha?
- Sou.
Lá está ela, a menininha sentada me olhando. E eu, sem pronunciar uma palavra, curioso p’ra saber porque aqueles olhinhos tanto me perseguem de um lado para o outro.
Seus olhos singelos, seu leve sorriso no rosto. Seu cabelo castanho claro, quase um loiro angelical. A face corada e os lábios delicadamente rosados. Familiarmente sentada em cima de uma mesa alta, com as perninhas balançando, as mãos apoiadas na mesa, observando tudo que estou fazendo.
Foi então que hoje, depois de tanta perseguição, resolvi perguntar:
- Você é minha filha?
- Sou.
17.8.06
This is so hard
Eu tenho pensado muito nas minhas convicções. Tenho algumas certezas boas, outras nem tanto. Acho que algumas conquistas minhas ainda vão demorar um pouco. Outras precisam acontecer pra ontem.
Quem me conhece sabe o momento em que eu escondo o jogo. As vezes escondo planos da minha vida, todo mundo sabe que isso é normal. Mas não estou preocupado pelo que pensam ou pensarão. Fico preocupado comigo mesmo. Preciso estar bem... preciso ser eu mesmo.
Não é o Luck. Ele anda adormecido... tenho medo que adoeça. Sou seu melhor amigo e até hoje não conheço todas as suas fraquezas. O problema se estende... até mesmo ao Lóginus. É como um cancer, que se alastra. Corrói todas as camadas e destroi o que vem pela frente. Pobre Luck... pobre Lóginus.
Lóginus é pura razão... as vezes áspero e perverso consigo mesmo. Não preciso comentar sobre os soluços de Luck, a quem a sorte o acompanha desde pequeno. Mas paga um preço por credulidade tardia.
As certezas boas são poucas, mas sólidas. As demais flutuam e vão acontecendo em momentos inesperados. Mas a cada fechar dos olhos é uma ardência incomum, incompreensível, incapaz de descrever, incerto de se suportar, inimaginável e inigualavelmente triste.
Quem me conhece sabe o momento em que eu escondo o jogo. As vezes escondo planos da minha vida, todo mundo sabe que isso é normal. Mas não estou preocupado pelo que pensam ou pensarão. Fico preocupado comigo mesmo. Preciso estar bem... preciso ser eu mesmo.
Não é o Luck. Ele anda adormecido... tenho medo que adoeça. Sou seu melhor amigo e até hoje não conheço todas as suas fraquezas. O problema se estende... até mesmo ao Lóginus. É como um cancer, que se alastra. Corrói todas as camadas e destroi o que vem pela frente. Pobre Luck... pobre Lóginus.
Lóginus é pura razão... as vezes áspero e perverso consigo mesmo. Não preciso comentar sobre os soluços de Luck, a quem a sorte o acompanha desde pequeno. Mas paga um preço por credulidade tardia.
As certezas boas são poucas, mas sólidas. As demais flutuam e vão acontecendo em momentos inesperados. Mas a cada fechar dos olhos é uma ardência incomum, incompreensível, incapaz de descrever, incerto de se suportar, inimaginável e inigualavelmente triste.
Incrível como esse cara consegue dizer tanta coisa em uma música.
L'avventura
Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos ?
Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro
Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs
Não precisa vir
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas
Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto
Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero
E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber
Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor
E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar
Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais
Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade
Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
(Letra: Renato Russo
Música: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)
L'avventura
Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos ?
Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro
Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs
Não precisa vir
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas
Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto
Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero
E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber
Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor
E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar
Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais
Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade
Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
(Letra: Renato Russo
Música: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)
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