22.6.08

Até aqui

Fui fazer uma das últimas provas na minha vida de universitário, e no decorrer da prova por alguns instantes passaram por meus olhos todos os anos da minha vida acadêmica. Percebi o quão diferente eu era no primeiro dia de aula. Fiz a prova. Entreguei. E fiquei torcendo para tentar tirar 7,5 e poder passar na matéria.

Não sei se é uma mania feia, mas sempre fico viajando em meus pensamentos quando estou seguindo pra minha casa no final do dia. Desejei ter estudado mais. Ter me dedicado mais. Ter feito mais contatos com professores, amigos, diretores, profissionais da área para facilitar minha entrada de vez no mercado. Mas as coisas foram acontecendo de forma mais árdua e demorada. Frustrei-me muitas vezes. Decepcionei-me com uma série de coisas. Alegrei-me sim por ter o privilégio de estudar, trabalhar e dedicar-me a algo que eu gosto muito... e ainda ganhando por isso.

Pelo menos no final consegui transformar minha mediocridade em números maiores. Pelo menos no final consegui amadurecer em certos aspectos e perceber que ainda preciso sim melhorar (e muito) em partes deficientes dessa minha vida louca profissional. Agradeço (e muito) a toda e qualquer pessoa que me ajudou a trilhar até aqui, principalmente a quem disse para eu “nunca desistir dos meus planos” no momento do grande hiato.

Mas ainda não acabou. Há o projeto final. Não vou dizer que será a última barreira a ser vencida. Mas o projeto final sintetiza tudo o que vivi nessa fase. Estou preparado... ainda mais sabendo que tirei 9,9 na prova, riscado, escrito um 10 em baixo gentilmente pelo professor.

19.6.08

Piadas Infames

Bom... já que recebi a fama de contador de piadas infames, dedico aqui no meu blog o espaço para dizer algumas delas. Logicamente não vou identificar quais são as minhas.

:p

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"Você sabe qual é o contrário de volátil?
Vem cá sobrinho."

"Tá... tudo bem que ninguém é de pedra, mas o homem é de ferro e o surfista é prateado."

"Arroz, unidos, jamais serão comidos!"

"Você conhece a piada do fotógrafo?
Ainda não foi revelada."

"Como se faz omelete de chocolate?
Com ovos de páscoa!"

"Existia um quibe... e ele andava triste, pois se chamava Zarro!"

"Porque não é bom guardar o quibe no freezer?
Porque lá dentro ele esfirra."

"Se não me falha a memória, no momento eu não me lembro!"

"Estréia de um novo filme: Sábado 14 - o dia seguinte"

"Na night, uma tartaruga chega pra outra.
- E aê, turta? Vamos tirar uma casquinha?"

"Em terra de morcego, andorinha dorme de cabeça para baixo."

"Em quantas partes se divide o cérebro (I) ? - Em 3: cé-re-bro"

"Em quantas partes se divide o cérebro(II) ? - Depende do tamanho da cacetada!"

"O que um tamanduá respondeu ao outro? - Só se for de canudinho!"

16.6.08

Sentido Ausente

Ultimamente coisas estranhas estão acontecendo comigo. Algumas não muito boas. E sempre que possível eu coloco a culpa no cosmos. Realmente dá vontade de rir quando listo as mais curiosas e mais "ilusitadas" situações que tenho vivido nos últimos dias. E, desta vez, literalmente fiquei cego por 4 dias. Foi de repente. Perdi a visão, e o mundo escureceu-se.

No primeiro dia foi aquele impacto. Esbarrava em tudo tentando caminhar pela casa. Olhos ardendo. Vontade de gritar. "Estou perdendo minha prova de Finanças", "culpa daquela vizinha que jogou 'creolina' na rua p'ra 'detetizar' o caminho". Sou alérgico, alérgico a qualquer produto que contenha ácido sulfídrico.

Qualquer fiapo de luz me ofuscava. As frestas de luzes que saíam da porta fechada me atormentavam. Até o visor do celular me levou aos gritos de dor na manhã do segundo dia quando fui ver que horas eram. Desesperado, esperando as vistas melhorarem pelo menos um pouco, me preparava para ligar p'ra minha médica. Até que de repente, a magia aconteceu.

Percebi algo diferente comigo. Deixei a televisão sem brilho e, sem perceber, eu "assisti" a um filme inteiro apenas ouvindo os sons e os diálogos. Levei apenas alguns minutos para decorar todos os botões do meu controle-remoto, algo que não tinha feito até recentemente.

Eu conseguia identificar todos os objetos que minha mãe manuseava na cozinha, apenas ouvindo o barulho. Comecei a sentir como nunca o cheiro da comida sendo preparada. Eu podia adivinhar cada ingrediente do almoço apenas pelo olfato. O paladar, apurado como nunca, me fez identificar melhor os detalhes que eu não "enxergava" ao saborear antes.

E, a noite, estava afim de ouvir algumas músicas minhas, entre elas algumas clássicas. Aumentei o volume do meu "ampli" já esperando algo diferente. E foi o que aconteceu. Conseguia perceber com clareza cada nota, cada acorde, cada bemol, cada detalhe da melodia. Passei a gostar até mesmo daquela música que não "via" graça nenhuma. As ondas sonoras pairavam pela casa escura.

Já nos últimos dias, tinha o mapa da minha casa inteira na mente. Sabia ir da cozinha ao banheiro em segundos. Lógico, que tropecei numa cadeira no meio da sala. Com a canela doendo, pensei "mudaram de lugar durante a noite".

No último dia comecei a sentir saudades. Saudades das cores. Parecia que tudo fazia sentido com elas. E isso não dava p'reu imaginar com olhos fechados. É realmente difícil imaginar o azul, amarelo, verde, vermelho etc. A cor é o elemento principal dos sentidos. Até que, enfim, elas retornaram como nunca na manhã do quinto dia. E fui dando adeus ao preto.

Caminhando pela rua, com um sorriso idiota no rosto, diante de muito barulho, fumaça dos ônibus, gritaria, notícias sensacionais nos jornais, buzinas, sirenes... comecei a fazer parte novamente deste mundo cinza. O sorriso se desfez, meus olhos se fecharam... tentando não acreditar no que eu estava vendo... tentando acordar desse mundo sombrio.

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Texto publicado por minha pessoa no blog Segredo Social em Setembro de 2007.

Um pouco grande, mas gostei tando que trouxe à Insaminus.

13.6.08

13 Letras

Sou fanático por números e nunca escondi isso. E tenho uma certa admiração pelo número 13. É um número que me passa uma certa instabilidade. Falta alguma coisa. Não sei o que é. Falta decifra-lo.

É incompleto, incompreensível. Mas gosto das coisas incompletas. O inacabado me estimula a continuar construindo. O incompleto me traz a sessação de querer mais. Gosto de ver um quebra-cabeça faltando apenas um peça. É infalso, falta equilíbrio. Ouvir aquela música que termina sem um belo desfecho. Ter aquela sensação estranha ao subir uma escada rolante quebrada. E de não tomar aquele último gole do excelente vinho na taça.

Esse número representa a fuga do previsível, do comum, da rotina. Gosto de histórias mal acabadas. De finais incertos. Lembro que final incerto não necessariamente é o final surpreendente, pois este todos já esperam acontecer. As letras do filme sobem e sempre há um extra a ser visto. Gosto dos extras, gostos das letras, gosto das treze letras que compõe um final feliz.

Crendices ou não, 13 pode até ser um número como qualquer outro. Mas tens traços de incoerência, falta de capricho, inconsistência e uma doce e humana hipocrisia que nos cai tão bem.

9.6.08

3 eixos

Antiquado. Olho para este blog e penso logo nessa palavra. Mas, me orgulho disto.

Conservador. Também é outra palavra que me vem à mente ao passar os olhos nestas duas colunas que constroem a Insaminus.

Mudança. Primeira linha de raciocínio lógico que faz mais sentido diante das outras.

Ferramenta. As mais básicas... mãos.

No momento certo. Com as peças certas. E na direção certa.