24.10.07

Encarando a Felicidade

Ainda em pós reflexão por ter lido o livro A Última Grande Lição: O sentido da vida (Tuesdays with Morrie) de Mitch Albom, me perguntei recentemente o que determina a felicidade de uma pessoa. As dúvidas foram aumentando quando presenciei no Hemorio crianças, carecas, correndo de alegria para o pátio externo do hospital por saberem que finalmente estavam indo para casa. E aumentaram terrivelmente quando folheei o álbum de fotos das obras sociais que minha mãe participa. No álbum continha algumas fotos antigas e outras recentes.

Encaro a felicidade como estado de espírito pleno de paz. E este estado de espírito é mutável, varia pela idade, pela situação e pelo momento. A criança, por exemplo, precisa de amor, educação, alimentação, agasalho, atenção, lazer e sorvete. Mas a felicidade que a criança desenha em sua mente, as vezes, se limita apenas ao lazer e sorvete. Porém os adultos, geralmente os pais e responsáveis, sabem que as demais necessidades são importantes para suas crianças e dão o que precisam.

A idade vai avançando e criamos outras imagens do que é a felicidade. Conforme o entendimento de "noção de mundo" vai se aprimorando, criamos algumas prioridades para atingir-mos o estado pleno. Pessoas são felizes apenas suprindo suas necessidades fisiológicas. Há outras que se contentam em manter a estabilidade profissional. Outros vão mais além, procuram afeições sociais como ser aceito perante a sociedade, ser amado etc. O estado seguinte é a auto-estima, ser reconhecido, ser apreciado e respeitado, ser visto como líder. E por último, a felicidade se faz presente apenas quando o indivíduo atinge o aperfeiçoamento interior. Esses "estágios" são chamados de Hierarquia de Maslow.

A felicidade momentânea é aquela que é disparada por receber uma bela notícia, por ver uma bela imagem, por ouvir uma música, sentir um cheiro. É a felicidade do "fechar dos olhos", ou a "felicidade das lembranças". É muito perceptível quando conversamos com pessoas mais velhas que tem muito a nos dizer. Essa felicidade é frágil, pois ao abrirmos os olhos nos deparamos como mundo real mudando as belas sensações para a mais profunda tristeza, depressão ou saudade. (Seria a saudade uma forma de felicidade nostálgica? Outro questionamento que acabei de levantar!)

Bom. Eu vivo uma felicidade inconsciente. Isso mesmo. As vezes eu encaro as coisas como as mais belas do mundo. E no instante seguinte, algo chacoalha a minha mente como me acordando. Não sei se é o momento de transição que a Tri-Force está sofrendo. Não sei se é porque eu gostaria de ter vivido parte das recordações registradas no álbum de fotos da minha mãe. Não sei se estou banalizando meus conceitos de felicidade. E sutilmente ela apareceu em crianças doentes que gritam de alegria ao irem pro pátio num dia lindo de um sol radiante.

Felicidade... gosto de pensar nisso.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tenho uma visão disso tudo. Me parece que as pessoas só são alguma coisa, como ser feliz, engraçada ou outro estado de espírito qualquer, na visão de terceiros. Mas nós mesmos sabemos lá no fundo que, podemos ser algo no âmbito de habilidades, mas no que diz respeito a estado, como o próprio nome indica, não somos nada somente estamos tudo isso. O lance é, do que precisamos? Tendo isso definido, que corramos atrás desses estados utilizando-se das coisas que realmente temos e somos. E tenho uma pergunta, o que é a Tri-Force? Grande abraço guerrilheiro.

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Olá!
Que bom que vc gostou do meu blog, fico feliz.
E quanto a foto, pode pegar, sem nenhum problema.
Agora, em relação à felicidade (a eterna principalmente), para mim ela não existe em sua essência, acho apenas que felicidade é o que sentimos logo após ter conquistado algo que não tínhamos. Tanto que ela difilcilmente perdura depois que conquistamos nossos objetivos, pois aí, vamos em busca de outra coisa para ser "feliz".
Está aí, qualquer dia vou escrever sobre isso no meu blog...rs
Até!

Ray