5.11.07

Mãe de todos os vícios – Parte 2

- Porque "mãe"? Não seria "pai"?
- Não! Ser mãe significa ter vários significados! Mãe que cuida. Que gesta. Que gera. Que procria. Que educa. Que transforma. Que acompanha. Que se preocupa. Que chora. Que se orgulha. É a referência maior.
- Aahmm!


Sim... o desejo é a mãe de todos os vícios sentimentais. Ele que gera, que dá cria, que leva a vida a todos os outros vícios. E, como todo vício, há sempre o desejo de querer mais. E somos quase que obrigados a injetar na veia mais dessa droga. A ponto de perdermos a noção do ridículo, da razão, da (a)normalidade das coisas.

São estímulos. Desejamos injetar. Desejamos cheirar. Desejamos tocar. Desejamos ouvir. Desejamos olhar. Desejamos degustar. Desejamos sentir. Desejamos possuir. Esse instinto. Instinto animal! E não nos contentamos com pouco, queremos sempre mais. E quando temos tudo, quando consumimos tudo, partimos para coisas novas.

Então... acionamos outros vícios. Atacamos com outras armas. Consumimos. Até esgotar. Queremos mais e sempre mais. Como... como um... como um câncer.

- Mãe?
- Sim.
- Porque não nos contentamos com o que temos?
- Não sei, meu filho. A satisfação das pessoas mudam. Não tem fim.
- Hm... e qual é a sua satisfação no momento?
- Bom... é ver você crescer, vencer, ser feliz e passar isso para seus filhos.
- Hm... mas... e uma satisfação sua? Uma satisfação pessoal?
- Estar viva até lá.

Um comentário:

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Nossa... post demais!!!
Desejo, motivo pelo qual sonhamos acordados e esquecemos do presente para imaginar o futuro.

Adorei o diálogo entre mãe e filho. Bem real e a resposta final dela então, fecha com chave de ouroo post, mas abre tb com chave de ouro nossos pensamentos.

Até.

Ray