27.4.07

Frutos da Retina

De novo, difícil de interpretar. Mas se me permite, faço minhas as suas palavras, embora não muitas. As poucas que guardo são carregadas de sentimento, sinceridade e ternura. Principalmente quando seu olhar insiste em se perder no horizonte à nossa frente, o que me faz perceber o quanto é mais importante olhar na mesma direção.

Não são anjos no céu... mas estão lá, prontos para serem tocados. São reais. Difíceis de alcançar. Estupidamente distante de nós, rindo e quase imponentes. Mas quando são tocados, quando são encarados de frente, a superação e o vigor da conquista nos tornam, por alguns instantes, inabaláveis.

Não costumo errar quando percebo a beleza do que vejo. São verdes... ainda mais de dia... a luz do sol não mente, as cores, as expressões e até mesmo a fala são ricamente definidas contrastando com a imagem turva das sombrosas noites.

Porém haverá sempre um eterno paradoxo entre o real e o imaginário. Dois mistérios que cercam esse que insiste em acreditar naquilo que se esconde nos corações das pessoas. O mistério da realidade é por não ser tão evidente e constante as palavras que criam pontes entre os fatos e o parecer. Já o mistério do imaginário é o quanto eu me perco em seus momentos de desligamento real, por nunca saber o que realmente está pensando.

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