27.11.06

Sprivi ^^

Seria injusto eu jamais mencionar uma pessoinha tão querida dentre os pequenos da casa da vovó. É fato que Ronin e Renan são os que mais ficaram juntos a mim. Mas Sprivi é sem dúvidas a mais singela. Sua esperteza, sua enorme sinceridade e sua postura em conversar com os adultos de igual para igual me surpreende.

Hoje cresceram... mas ainda guardo-os como os vi a quase quatro anos atrás. É uma fase na vida que passa rápido e basta mencionar qualquer momento do passado pra saudade bater violentamente, não só nesse coração adulto que vos escreve, mas também nesses pequenos corações ainda com uma certa ingenuidade.

Sprivi, sei que vc não entra aki na Insaminus. Mas um dia, quando a Ester nascer, desejo muito que seja como você. Sempre pra cima, pra frente e de bem com a vida. Não foi por a caso o apelido Sprivi que te dei... =)

23.11.06

Tear on the glasses

Os traços que digam.

Quem mais pode ser tão verdadeiro que eles? As vezes tortos, distorcidos, mas saem... e não voltam. Mentira... tudo mentira. Ultimamente as letras estão mandando. A simbologia da imagem anda no esquecimento. As memórias turvas vem em sonhos e lá ficam. Mas fazem um estrago tremendo.

É muito bom olhar de cima. Eu já tentei ser um ‘spaceman’. Foi o primeiro conselho que recebi. Achei linda a idéia. Mas agora com os pés no chão não vejo muita graça nas nuvens. Olhar p’ro céu só faz a gente se distrair e ser roubado. A gente se engrandece e menospreza as pequenas e importantíssimas flores amarelas dos campos.

Há cinco anos atrás eu vi um sonho nascer, crescer e quase se concretizar. Do que restou? As imagens. Se soubesse o poder que elas tem sobre nós, meros mortais, dizimariam boa parte dos sonhadores. Tolo... são sábias. Não tem como lutar contra isso.

A única maneira de vencê-las é fazendo o que tanto querem. Desenhar o destino conforme a força do vento. Moldar as nuvens ao invés de admirá-las. Mas... apesar disso tudo... se ao abrirmos nosso armário encontramos uma pétala amarela, o que fazer?

Pois é... exatamente isso.

19.11.06

Nova Insaminus?

Hmm... tou pensando em mudar o visual da Insaminus...

Se existe alguma alma que entra aqui, diz o que acha... dê palpites...

Estou pensando também em fazer um blog só pra Ester... ela escreve demais. O diário dela está cheio, escreve todo dia... e aqui só publico o que dá...

talvez eu a ajude... ;)

15.11.06

Diário de Ester #3 A companhia

" Hoje foi um dia totalmente estranho... esse tempo cinzento e essa chuvinha, batendo na pele d'a gente como lascas finas de gelo. Pela primeira vez eu perdi o primeiro tempo na escola. Logo Geografia, matéria que estou tentando recuperar nota.

Mas no almoço ele veio e sentou-se ao meu lado. Tentei aqui escrever mais ou menos o diálogo que tivemos, entre parênteses o que eu não tive coragem de dizer com a boca, mas sim com os olhos...

- Oi, mocinha.
- Olá, como vai? (!)
- Vou bem... apressado... :]
- É... tudo está muito corrido.
- Difícil acreditar que você é aquela ruivinha do ano passado que me ajudou...
- Puxa... que bom que você lembra...
- Foi uma situação engraçada...
- Que nada. Eram três contra um e você era tão franzino. (agora tão alto e diferente...)
- Deixei uma impressão não muito boa, não foi?
- Não, lógico que não. Isso acontece...
- Olha, se eu estiver atrapalhando seu almoço a gente conversa depois.
- Não, não está atrapalhando... (por favor fique... fique...)
- Hm... então tá... posso sentar?
- Sim claro, deixa eu tirar essa minha mochila enorme daí.
- Você fica bem de óculos.
- Ah... brigada! Tive que passar a usar, sabe como é né? (você tb fica bem)
- Eu sinto saudades da turma do ano passado. Muitos amigos meus saíram. E acho que você foi a única menina que ficou...
- Não, tem tantas outras... (que nem conheço direito)
- Sim... mas você eu conheço... ou pelo menos fala comigo.
- Ah sim... (é que eu não sou muito social... desculpa)
- Eu tinha algumas coisas pra falar com você.
- ... (ai meu Deus!)
- Uma delas é que hoje no primeiro tempo o professor separou a turma em duplas. Para fazer um trabalho sobre economia domiciliar. Acabou que fiquei sem par. E como você faltou... e também está sem dupla...
- E vc queria...?
- Que fizesse uma dupla comigo.
- Sim... pode ser... (nossa, estou tão nervosa)
- Ah.. que ótimo! Bom... eu preciso ir.
- ... (já?)
- Vou passar na biblioteca e de lá seguir pro terceiro tempo.
- Toma!
- O que é isso?
- Abra... é meu e-mail. (escreva-me, por favor)
- Ah, tah... claro...
- Espere!
- ...
- Você falou que tinha algumas coisas pra falar comigo. E só disse uma coisa só.
- Hm... tudo no seu tempo.
- ...
- ...
- Ok, a gente se encontra.
- Té mais, Ester!
- Té mais... brigadinha pela companhia. "

11.11.06

Duet

- Em minha mente...

"Lost inside my sick head
I live for you but I'm not alive
Take my hands before I kill
I still love you, I still burn"

"Show me who you are
I'll show you what you love
I'll give you half the world if that's enough
Let me take you down
Let me see you smile
Let me rest my head here for a while

In the end we'll leave it all behind
Cos the life I think I'm trying to find
Is probably all in the mind"

- Saía tudo errado... mas era de coração...
- Deixe-me descançar minha cabeça aqui por algum tempo...
- Hã...
- Não. Era só um sonho... see u...

7.11.06

Reminiscência

Bom... nessa data, o melhor que posso escrever aqui é uma letra de uma música que considero a mais reminiscente de uma era.

"Todo grande dono de conhecimento
Verdadeiramente transparênte e progressivo
É tudo fruto sobre grandes influências
E revoluções dolorosas

É também a dor de ser um estranho
Dentro do meio em que se vive
É a energia que se tira do passado
Na continuação de um plano igualitário

E em viver... momentos de poesia
Viver... momentos de poesia
Viver...

É o primeiro ruído de uma guerra pessoal
É o que te tranca dentro de casa
É o que disseram somente pr'a você
A continuação de um plano igualitário

É a fórmula da depressão de um ser
Constante e tolerante, viver é resistir
É reminiscência é o que nos faz ver
É reminiscência de ver e persistir

Em viver... momentos de poesia
Viver... momentos de poesia
Viver!"

( Reminiscência - por Leonardo (Linha) / Nov de 2001 )

5.11.06

Molde

Custa, custa caro
Mas só quero descansar
Inclinar um pouco minha cabeça
Recuperar as forças
E recomeçar tudo de novo

Minhas mãos calejadas
Tremem, de cansaço, de medo, não
Mas de nervoso, como sempre tremeram
De tanto tentar, desenhar e moldar
Figura perfeita
Que me leva a exaustão

Só quero descansar
Dormir um pouco
Sonhar a imagem da perfeição
Que dói em acordar
E saber que mais um molde irei criar

Vale o preço, vale o esforço
Não há como negar
Que o traço tem que ser livre
Fechar os olhos
Seguir seu contorno
O molde abandonar

2.11.06

Tudo é irreal

Há uma diferença enorme entre o real e o imaginário... para tudo aquilo que você vê, sente e acredita ser. Naturalmente há essa divisão que a gente não consegue perceber, mas acreditamos que tudo é igual para tudo e para todos.

Existe essa falha quando a mente d’a gente tenta associar uma lógica a algo real em nosso imaginário, ou melhor, criar uma idéia do que imaginamos a qualquer instância pertencente ao mundo dos vivos ou a qualquer outro mundo. Talvez aí seja o habitat do sentido real e irreal das coisas, buscar respostas na ausência dos sentidos.

Nada é por acaso... e nada é programado. Nada estava escrito... e nada se revela. Nada se cria... nada se perde. Há uma transformação das coisas que se ajustam ao ambiente e criamos uma imagem disso, interpretamos isso e geramos um sentido lógico para isso. Cria-se um conceito. A definição desse conceito é desigual para todas as pessoas. Há infinitos pontos de vista. Talvez aí seja o habitat da intolerância, confronto direto de idéias e conceitos diferentes.

Somos frutos do conceito que temos sobre nós mesmos. Pagamos por dívidas que acumulamos no passado. Desfrutamos e regozijamos a vida pelo investimento que fizemos em nós mesmos. Mas o desfruto gera dívidas, é um ciclo. Já viver estagnado nos leva a total separação do que fomos preparados. Talvez aí seja o habitat da superação do real... viver o imaginário... viver o irreal... preencher a lacuna que temos por natureza.

1.11.06

O Segredo...

... guardado a sete chaves ...
... guardado com carinho ...
... que só nos faz acreditar ...
... que só de imaginar ...
... nos faz sorrir ...
... um sorriso bobo ...
... parecido com soluço ...
... e que nos faz chorar ...
... de lembrar ...
... de esconder o que há ...
... difícil de decifrar ...
... tão antigo quanto "omnia vincit amor" ...
... tão novo quanto "dolor sit amet" ...
... tão claro quanto acrílico ...
... tão obscuro quanto baixio ...
... tão solitário quanto ermo ...
... tão distante de alcançar ...
... e tão incerto que não há ...
... um segredo a se guardar!