23.11.06

Tear on the glasses

Os traços que digam.

Quem mais pode ser tão verdadeiro que eles? As vezes tortos, distorcidos, mas saem... e não voltam. Mentira... tudo mentira. Ultimamente as letras estão mandando. A simbologia da imagem anda no esquecimento. As memórias turvas vem em sonhos e lá ficam. Mas fazem um estrago tremendo.

É muito bom olhar de cima. Eu já tentei ser um ‘spaceman’. Foi o primeiro conselho que recebi. Achei linda a idéia. Mas agora com os pés no chão não vejo muita graça nas nuvens. Olhar p’ro céu só faz a gente se distrair e ser roubado. A gente se engrandece e menospreza as pequenas e importantíssimas flores amarelas dos campos.

Há cinco anos atrás eu vi um sonho nascer, crescer e quase se concretizar. Do que restou? As imagens. Se soubesse o poder que elas tem sobre nós, meros mortais, dizimariam boa parte dos sonhadores. Tolo... são sábias. Não tem como lutar contra isso.

A única maneira de vencê-las é fazendo o que tanto querem. Desenhar o destino conforme a força do vento. Moldar as nuvens ao invés de admirá-las. Mas... apesar disso tudo... se ao abrirmos nosso armário encontramos uma pétala amarela, o que fazer?

Pois é... exatamente isso.

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