27.1.10

Dilúvio

A tragédia não foi anunciada... ela chegou como um ladrão na madrugada e fez estragos, vítimas e, para aqueles que sobreviveram, marcas eternas. Pouco restou para aqueles que nem sonhavam em andar na chuva. Aliás, no momento que perderam quase tudo, provavelmente estavam sonhando com um futuro melhor, um futuro que veio pra ficar.

Não é mais como andar na chuva e banhar-se. As águas agora tem outro sabor. Há marca de 7 palmos na parede, da água, da lama e de tudo que não presta. Aos ilhados nessa enchente restam apenas os telhados que um dia protegeram da chuva. Ao que simplesmente se arriscou a atravessar pela inundação viveu a angústia de andar com a água até o pescoço.

A chuva é tão grata que os ingratos não perceberam que as águas correm para o mar e tampouco que usei de parábola e sarcasmo pra falar dos nossos próprios despreparos para nossas tempestades particulares.

3 comentários:

Lóginus disse...

e pra quem achou que existe alguma saliência na foto, adianto dizendo que é a aba do short molhado... rs

Dayane Dellatorre disse...

*-* adorei a parábola, e a sua forma de usar ela pra falar da vida!

que bom que gosto do meu blog.. rs
será q é mesmo quem eu penso que é?
:P

˙·٠•● ѕεறிoτιvo ◦ disse...

Uau, disse tudo o que o william boner demorou uma semana (ou mais) para noticiar.

Não vou negar, como sou detalhista em fotos fiquei na dúvida. Hahahaha
Grata pelo esclarecimento. ;D