16.9.07

Vícios Sentimentais

Recentemente conversei com uma amiga minha sobre os altos e baixos da vida humana. E entramos num assunto bem interessante, sobre vícios sentimentais. Filosofando e dialogando sobre o assunto, chegamos a síntese de que as pessoas parecem ter a necessidade de viverem sobre o efeito de um sentimento, seja ele qual for. Entre eles estão o amor, o ódio, a tristeza, a felicidade, a melancolia e a hipocrisia (questionável a hipocrisia).

Os vícios sentimentais nos influenciam, nos dominam, tem o poder de nos levar do céu ao inferno em questão de segundos. Chega a ser uma dependência química. Somos reféns desta droga poderosa e cruel que impiedosamente nos matam com estúpidas doses homeopáticas. E somos submissos, desejamos consumi-las, estamos sempre atrás de mais e quando temos toda a dose necessária, partimos em busca de novos sentimentos.

Não há vício sentimental benigno ou maligno. Há os mais constantes e os esporádicos. E, muito provavelmente, o mais comum é a carência. É incrível como as pessoas necessitam sentir-se carentes. E a carência é o vício que mais sintomas são percebidos. A carência deixa a pessoa vulnerável, frágil, acaba cometendo loucuras para saciá-las, muda o comportamento, os hábitos, chegando a ser repulsivo as vezes.

Mas, repito, é incrível como as pessoas parecem gostar de sentir-se carentes. Pois ao saciar o desejo, quase que imediatamente buscam estarem sozinhas (o efeito colateral do consumo da droga). E, assim sendo, em poucos momentos o sentimento de carência toma conta de novo de todos os órgãos, vísceras, veias, ossos, músculos e outras partes vivas do infeliz indivíduo.

Esse e outros vícios fazem parte de nossas frágeis camadas humanas. Achei bem interessante o assunto e futuramente falarei mais detalhadamente de cada vício.

O único perigo em ser imune a todo e qualquer tipo de vício sentimental é ser condenado até os últimos dias de sua vida a ser insensível com você mesmo e com o mundo.

Um comentário:

Lóginus disse...

As vezes até eu mesmo me asssusto com o que escrevo...

ºº