4.9.07

Decisão e Alívio

Muito tempo atrás, ainda no meu ginásio, minha professora de Língua Portuguesa nos deu um texto para ler. O texto narrava a história de meninos, entre 12 a 14 anos, de um colégio interno religioso, que faziam várias estripulias.

O verão se aproximava e a diretoria precisava limpar a piscina e liberar para uso geral. Como castigo, na véspera da liberação, os pestinhas foram incumbidos a limparem a piscina. Cumpriram o castigo. Mas como vingança, secretamente, quebraram algumas garrafas de vidro transparente e deixaram os cacos no fundo da piscina pois, sendo rasa, feriria qualquer um que se jogasse afoitamente buscando o frescor contra o calor do verão.

Um dos meninos que participou da perversa brincadeira não se conformava com a tamanha crueldade da estripulia. Ainda tentou convencer os demais em não cometer tal barbaridade, porém sofreu ameaças em receber toda culpa sozinho caso comentasse a mais alguém.

A tragédia era eminente. As horas passavam. A noite já estava cedendo lugar para o dia de céu claro que se aproximava. O remorso, a angústia, as dores de estômago e o choro corroíam a alma do rapazinho. Até que pela manhã, este levantou decidido.

Assim como na aula de Língua Portuguesa de tempo atrás, a pergunta que não quer calar é: "qual foi a atitude do rapaz?". O texto foi retirado de um romance, que sempre procurei mas nunca encontrei. Me coloco no lugar desse garoto... amargurado... arrependido... pensando... maquinando no que fazer!

Sabe de uma coisa? Eu me jogaria na piscina.

Um comentário:

Saint Seraphim disse...

Essa estória é muito parecida com algo escrito no livro "O Ateneu".

Beijos.