8.8.07

"What do u want, strange man?"

Ela entra pela sala. Se admira com a presença dele. Sem muito o que dizer, ela tenta disfarçar o nervosismo soltando:

- Olá!! Tempos que a gente não se vê!
- Para com isso. Sempre nos falamos por telefone.

Ela balançando a cabeça positivamente, frisa os lábios um no outro pensando no troco. Até que:

- Eu sei. Mas não é a mesma coisa.
- Você foge.
- Não fale assim. - ela começa a falar baixinho - eu não estou muito acostumada com isso. Eu só ando muito enrolada.
- Entendo... - ele olha pro lado e deixa suas vistas se perderem na paisagem.
- Não fique assim. Escuta. É difícil pra mim, sabe?
- É... estranho! Num momento eu tenho você nas mãos. Em outro, sinto um repúdio, próximo até do ódio.

Ela observa. Ele completa:

- Entenderei perfeitamente se não pudermos mais nos ver. Talvez seja isso que eu deva fazer... e fazer agora!
- Espere!

Ela abaixa as vistas e começa a brincar com os dedos, sem saber direito o que falar ou o que fazer. Há um momento de silêncio, quebrado por ele:

- Quando você fica assim, dá vontade de te levar pra casa.

Ela, ainda de vistas baixas, esboça um suave sorriso. E ele, mais calmo, insiste:

- O que está havendo? O que esconde?
- Não suma... por favor.
- Sabe, outro dia eu vi algumas pétalas de cor rosa no mar. A hora é agora.

Ouvindo isto, ela abre um largo sorriso. Não há mais condições de segurar a vontade em dar um longo abraço. Lógico, com lágrimas rolando. Mas... somente os dois entendiam do que se tratava. Aos demais restava saber que as águas dos rios não falharam.

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Frase feita: "Não sei se sou o melhor pra você, mas poderíamos ser o melhor pra nós dois!"

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