1.7.07

Sob o sol da Toscana

É incrível como alguns filmes mexem mesmo com a pessoa. E Sob o sol da Toscana com certeza é um deles. Com um enredo inicialmente simples, o filme vai surpreendendo pelo excelente andamento das situações vividas pela personagem principal Frances, uma escritora, recém divorciada, que tenta lidar e vencer sua situação estando mais presente e ouvindo conselhos das amigas.

Sua melhor amiga, certa vez a aconselhou a fazer uma excursão na Itália. Ela aceita e parte para a imprevisível aventura. A partir daí o filme começa a ganhar um enredo interessante, pois Frances começa a se encantar com a beleza de Roma e dos costumes locais. Até que um dia, quando o ônibus de sua excursão percorria cidades mais distantes, ela viu em um muro velho uma imagem, feita de mármore antigo, de uma casa com varanda e árvores. Algo despertou seu interesse e pediu para descer do ônibus, sem mesmo ver verdadeiramente a casa da imagem por sobre o muro.

Frances abre o portão antigo, ao lado da imagem da casa. Passa por um jardim e finalmente vê a casa propriamente dita. Em divertidas cenas curiosas de negociação, consegue a compra da casa, que está muito velha e decide reformá-la. O próprio vendedor torna-se um grande amigo e apresenta diversos interessados em trabalhar para ela.

Bom, não vou narrar o filme inteiro, mas nossa personagem vive momentos felizes, inusitados, divertidos entre outros, diante de amigos, personagens curiosos, famílias tradicionais, aprendendo a culinária típica, a fé religiosa, os costumes e a cultura local. Em uma busca pelo que ela não sabe. Era a casa e Frances, Frances e a casa do século XIII. Até o momento que ela se questiona: "Porque estou aqui? Porque estou nessa casa grande sem ninguém?", quando o vendedor amigo, casado, lhe conta um conto: "Muito tempo atrás, nos Alpes de Viena e Veneza, construíram trilhos de trens para ligarem as duas cidades, mesmo ainda não existindo trens que percorressem os trilhos".

Quando o rumo do filme parecia cair no previsível, novos acontecimentos à Frances nos colocam sob fortes desconfiança sobre o verdadeiro propósito do filme. Nossa personagem começa a perceber que casos como o seu acontecem ao seu redor, com máscaras diferentes. Que o tradicionalismo às vezes é duro de ser quebrado. E que num belo dia poderia até se envolver com alguém, como acontece com ela.

Mas o gancho principal é quando Frances recebe misteriosamente três caixas. O conteúdo dessas três caixas faz com que Frances tome decisões importantes para sua vida. E, logicamente, não vou dizer o desenrolar da história, que segue para um final quase esperado.

Mas, de consolo, revelo que o elemento principal do filme é a torneira velha da casa, que aparentemente não funciona.

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